O motorista de 47 anos que foi acusado, esta semana, em Ponte de Lima, de abusos sexuais de menores, foi expulso da companhia de transportes onde trabalhava.
De acordo com o Jornal de Notícias, quando a Transdev, empresa em questão, descobriu o sucedido, retirou todas as funções ao seu funcionário.
“Quando fomos informados sobre o caso e recebemos uma notificação do tribunal a informar a medida de coação, que impede o motorista de contactar com menores, decidimos retirá-lo do serviço até se saber qual é o desfecho do processo”, referiu Paulo Silva, diretor do Centro de Operações do Minho da Transdev, acrescentando que a empresa nunca recebeu qualquer tipo de denúncia ou suspeita em relação ao motorista em causa, que trabalha neste local desde maio de 2007.
O motorista em questão é suspeito de crimes de abuso sexual de crianças, coação sexual e importunação sexual.
Segundo um comunicado do Departamento de Investigação Criminal de Braga da PJ, o homem “terá importunado várias menores com conversas e propostas de teor sexual e constrangido as mesmas a sofrer atos sexuais de relevo, durante o serviço que executava no âmbito das suas funções profissionais de transporte de estudantes no período de aulas, entre o estabelecimento de ensino e as residências daquelas”.
O detido, adianta o texto, foi presente às autoridades judiciárias competentes, “tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de proibição de contatos com menores e proibição de condução de transportes escolares”.
Segundo noticia o jornal Público, esta sexta-feira, este caso implica a Escola Básica 2,3 de Freixo e remonta ao final do passado ano letivo.
O caso foi denunciado às autoridades por uma professora deste estabelecimento, depois de a mesma ter ouvido alguns estudantes a falar sobre o assunto.
“Há escolas que preferem, apesar disso, calar-se, para não ficarem com má fama”, afirmou a professora, falando a respeito de este ser um crime público e ninguém o ter denunciado.
Ainda sobre o mesmo assunto, o pai de uma aluna de 14 anos descreveu o suspeito como sendo “muito atiradiço”.
“Mandava umas bocas às raparigas, e como elas gostavam de lhe dar paleio foi-se esticando”, salientou, em declarações ao Público, acrescentando que o caso mais grave que ouviu estava relacionado com apalpões no “rabo e no peito” a uma rapariga, que resultaram numa bofetada.
“Os colegas já o tinham avisado de que ele andava a dar muita confiança à canalha”, concluiu.
Notícia atualizada às 21h01.
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