Morreu, esta quarta-feira, aos 69 anos, em Viana do Castelo, José Carlos Resende, antigo Bastonário da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução.
“Não há palavras que façam justiça à admiração, reconhecimento e gratidão que por si temos. Mais do que o cargo, José Carlos Resende é parte da História e das histórias desta casa e das profissões que honrou todos os dias. Ficará, para sempre, associado a tantas das lutas travadas e a tantas das conquistas alcançadas, bem como na memória de todas e de todos que com ele se cruzaram”, refere a Ordem dos Solicitadores noma nota de pesar publicada na sua página de Facebook.
“Pelo tanto que foi e fez, a OSAE, a sua direção, associados e colaboradores prestam, neste momento de profunda tristeza, as mais sentidas condolências à sua família e amigos e, claro, a mais sincera e merecida homenagem a José Carlos Resende”, acrescenta a publicação, na qual não é revelada a causa da morte.
José Carlos Resende foi presidente da Câmara dos Solicitadores desde 2011 até à criação da OSAE, em 2015, ano em que se tornou no seu primeiro Bastonário até 2022.
Natural do Porto, José Carlos Resende fixou-se em Viana do Castelo depois do 25 de Abril de 1974, cidade onde fundou a delegação local da União Democrática Popular (UDP).
Durante 25 anos liderou a bancada do PS na Assembleia Municipal de Viana do Castelo.
Segundo uma entrevista que deu à revista da Ordem dos Solicitadores, José Carlos Resende trabalhou nos estaleiros de Viana do Castelo e, perante a crise registada no mercado laboral após o 25 de abril de 1974, foi servente da construção civil.
“Nessa altura, o meu pai disse-me que tinha saído uma lei nova que permitia a criação e a entrada na profissão de Solicitador. Convence-me a ir experimentar, acabo por aceitar. Ele rapidamente arranja um patrono e põe-me a fazer um estágio com um solicitador de Viana do Castelo. Foi a primeira formação organizada pela Câmara dos Solicitadores. Até essa data, os chamados Solicitadores Encartados só iam ao Supremo Tribunal de Justiça fazer um exame quando se sentiam preparados. A partir do estatuto de 1976, passou a existir um exame de dois em dois anos”, recordava.
Entre outras funções, foi presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo e sócio fundador da Rádio Alto Minho.
O corpo vai estar em câmara ardente na casa mortuária municipal de Viana do Castelo e segue, na quinta-feira para o crematório de Matosinhos.
Notícia atualizada às 11h54 com mais informação.
Com Lusa