Montenegro diz que segurança “não é de esquerda nem de direta”

Rejeita extremos securitários e líricos
Foto: Lusa

O primeiro-ministro defendeu hoje que “a segurança não é de esquerda nem de direita”, mas um bem social, rejeitando da mesma forma “os extremismos securitários” como os discursos “líricos”, que quase dispensam as forças policiais.

Luís Montenegro deu hoje posse, na residência oficial em São Bento (Lisboa), ao secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), o embaixador Vítor Sereno, e à secretária-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), magistrada Patrícia Barão.

O primeiro-ministro aproveitou a ocasião para responder às críticas da oposição sobre a recente operação policial no Martim Moniz, em Lisboa, dizendo estar “atónito e perplexo” com muitas das reações.

“Não há em Portugal nenhuma ação policial dirigida a uma comunidade específica, ficou bem patente na operação Martim Moniz, em que houve varias pessoas fiscalizadas com nacionalidade portuguesa”, defendeu.

O chefe do Governo assegurou que o executivo vai estar sempre “ao lado” das forças de segurança e, repetindo que Portugal “é um dos países mais seguros do mundo”, avisou que não basta dizê-lo para continuar a manter essa posição.

“Do ponto de vista do Governo, a segurança não é de esquerda nem de direta, é um bem da sociedade que convém preservar, é uma condição de base. Quem tem uma visão diferente desta está num dos dois extremos: no extremo demasiado securitário ou no outro quase lírico, onde se pensa que podíamos quase prescindir de forças de segurança”, afirmou.

 
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