Declarações após o jogo Arouca – Gil Vicente (1-1), da 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Arouca.
– Bruno Pinheiro (treinador do Gil Vicente): “Dói porque, até à paragem, tivemos o jogo sempre controlado. Acho que fizemos um jogo consistente, controlámos desde o princípio e, depois da paragem, sofremos um golo num lance infeliz, num corte que não é bem feito. Mas é duro pela forma como foi.
[Quanto à titularidade de Facundo Cáseres, em detrimento de Kanya Fujimoto] Faz sempre sentido Fujimoto jogar ou quase sempre. Mas os jogadores têm momentos e temos de saber aproveitá-los. Neste momento, considero que havia outros jogadores que poderiam dar mais à equipa e, sinceramente, ao ver o jogo, acho que os jogadores estiveram muito bem até à paragem. Portanto, foram opções táticas, apenas isso.Acho que o Gil Vicente até entrou mais pressionante [depois do interregno devido ao nevoeiro, aos 78 minutos]. Quisemos defender em cima, no meio-campo contrário e acho que estávamos a fazê-lo bem. O futebol é assim, é um lance mal disputado. São erros e o adversário soube aproveitar para empatar”.
– Vasco Seabra (treinador do Arouca): “Eu penso que todo o jogo foi muito equilibrado, até aos 78 minutos. Creio que não era propriamente justo o Gil Vicente estar na frente. O golo que sofremos veio de uma bola parada estranha até, com ressaltos, e quase que o Nico Mantl chegava à bola. Estamos naquela fase em que, às vezes, qualquer coisinha pende sempre para a bola entrar na nossa baliza.
Nós tivemos também as situações da primeira parte em que o Andrew fez duas defesas fantásticas e acabámos por não conseguir ser nós a passar para a frente do marcador. Nós estávamos com uma atitude muito positiva no jogo. Ou seja, as intenções individuais dos nossos jogadores e coletivas eram muito positivas, mas com um grau de ansiedade também alto. A equipa tinha muita vontade que as coisas acontecessem depressa, com algumas decisões um bocadinho nervosas.
Nós procuramos na pausa [interrupção aos 78 minutos] fazer ver os nossos jogadores para onde queremos ir, o que nós somos enquanto equipa, enquanto jogadores individualmente e aquilo que temos capacidade para fazer. Faltavam ainda 15 minutos, 12 mais o tempo de desconto. Queríamos passar-lhes essa confiança, pela forma como eles treinam todos os dias, o registo com que se apresentam nos jogos competitivos a acabar o treino, como eles competem.
Hoje não conseguimos fazer os três pontos, fomos resgatar um. É amealhar, é pontuar. Nos últimos três jogos, fizemos quatro pontos. Temos de nos agarrar a isso e tentar ir ao Bessa buscar os pontos que não conseguimos fazer aqui”.