Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, de várias clínicas e outras unidades de saúde do norte do país, participaram numa conferência sobre saúde, promovida pela Misericórdia de Barcelos.
Numa lógica de complementaridade e de trabalho em equipa, até porque, “além dos protocolos, prescrições e alertas, importa manter o diálogo entre diferentes profissionais de saúde”, a instituição barcelense promoveu uma manhã de
trabalho, debate e troca de impressões acerca da dor no ombro.
“Os profissionais estão mais formatados para reabilitar membros inferiores do que membros superiores”, notou, na sessão, o ortopedista Nuno Vieira Ferreira, pelo que importa clarificar problemáticas e práticas. O especialista sublinhou ainda que os ortopedistas gostam de “estar perto dos fisiatras e dos fisioterapeutas, porque são as peças-chave do dia a dia do tratamento de cada doente” e esclareceu ainda que, qualquer que seja o caso, importa, primeiro, “recuperar a mobilidade passiva, depois, a mobilidade ativa e, por fim, a força muscular”.
“Os bons resultados da cirurgia do ombro dependem, 50% da qualidade da cirurgia que foi feita e, os restantes 50%, da reabilitação”, sublinhou Nuno Vieira Ferreira.
Pegando nessa afirmação do conhecido ortopedista, o Provedor da Santa Casa considera que “obviamente que a Misericórdia de Barcelos quer estar, cada vez mais, a contribuir para o sucesso das reabilitações e para uma melhor saúde, no caso, em termos musculares e articulares”.
Nuno Reis reforça também o “desejo de a Misericórdia de Barcelos ir, cada vez mais, ao encontro daquilo que são as
necessidades da população. Um melhor conhecimento deste tipo de patologias é cada vez mais decisivo para o sucesso dos tratamentos que a instituição desenvolve, já hoje, no Centro de Medicina Física e de Reabilitação (CMFR)”.
A conferência sobre saúde contou com a participação dos ortopedistas Tânia Pinto Freitas e Nuno Vieira Ferreira, bem como de profissionais do CMFR e, considera o provedor, Nuno Reis, foi “um pretexto interessantíssimo, não só para dar a conhecer a dois médicos ortopedistas de referência o que estamos a fazer aqui, mas também para eles, de alguma forma, trazerem ao CMFR o que, do ponto de vista cirúrgico, está a ser feito de vanguarda na nossa região.