Armando Pereira, que desde 24 de julho estava em prisão domiciliária na sua residência, situada na Quinta das Casas Novas, da freguesia de Guilhofrei, Vieira do Minho, foi colocado em liberdade durante o final da tarde desta quinta-feira.
A caução carcerária de dez milhões de euros, a mais elevada de sempre da justiça portuguesa, foi já validada esta quinta-feira, pelo Tribunal Central de Instrução Criminal, sediado em Lisboa, tendo permitido a libertação do empresário Armando Pereira.
Por despacho do Jorge Bernardes de Melo, o novo magistrado judicial do Processo Altice/Operação Picoas, o empresário pode a partir de agora voltar a levar uma vida normal, só não se podendo ausentar sem autorização, o que já é habitual nestes casos.
Armando Pereira não se poderá ausentar de Portugal sem autorização do Tribunal Central de Instrução Criminal, mas com o obrigatório termo de identidade e residência de qualquer arguido, já teria de comunicar a saída do país por mais de cinco dias.
O advogado Pedro Marinho Falcão, um dos defensores de Armando Pereira, contactado por O MINHO, confirmou ter sido já notificado do despacho judicial de libertação, afirmando somente que “o senhor Armando Pereira é de novo um homem livre”.
O empresário Armando Pereira, de 68 anos, natural de Guilhofrei, em Vieira do Minho, estava desde 24 de julho de 2023 em prisão domiciliária, por decisão do anterior juiz do processo, Carlos Alexandre, agora já desembargador na Relação de Lisboa.
Armando Pereira é um dos quatro fundadores do universo empresarial da Altice, detentora, entre outros ativos, da empresa de telecomunicações Meo, sendo dos principais arguidos do processo da Operação Picoas, ainda sob investigação do MP e Fisco.
Mas Hernâni Vaz Antunes, coarguido, por seu lado, continua em prisão domiciliária, sem pulseira eletrónica, com vigilância aleatória do Posto da GNR do Sameiro, na Quinta das Eiras, freguesia de Pedralva, em Braga, mas aguardando ainda o recurso.
Hernâni Vaz Antunes, de 61 anos, recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa da sua medida de coação prisão domiciliária, por discordar desse mesmo estatuto coativo, recentemente renovado pelo novo juiz do processo.
Jéssica Antunes, a sua filha mais velha, de 37 anos, residente na localidade de Areias, da zona da Belavista, em São Pedro de Este, no concelho de Braga, está em liberdade, com caução de meio milhão de euros, além de apresentações na GNR de Braga.
O economista Álvaro Gil Loureiro, de 46 anos, residente na cidade de Braga, encontra-se caucionado em 250 mil euros, além de ter apresentações bissemanais no Comando Distrital de Braga da PSP, defendido pelo advogado portuense José Figueiredo.