As populares marcas automóveis Mercedes e Ferrari estão entre os novos clientes da empresa Doureca, com fábrica em Formariz, Paredes de Coura, anunciou o presidente da Câmara local.
Durante a última Assembleia Municipal, onde foi aprovado um orçamento de 22 milhões de euros, o autarca destacou o investimento francês do Grupo Dourdin, proprietários da unidade industrial da Doureca, como um sinal de “enorme vitalidade”.
A unidade de Paredes de Coura, que se dedica à criação de componentes de plástico e borracha, sobretudo para a indústria automóvel, é das mais importantes no seio do grupo, contando com quase 300 colaboradores. Em 2021 foi alvo de um violento incêndio que destruiu metade das instalações.
O Grupo Dourdin tem cerca de 850 empregados espalhados em sete fábricas na Europa, bem como três centros de design e desenvolvimento.
Renault e Volvo também são clientes
A par de Mercedes e Ferrari, outras conhecidas marcas automóveis têm desenvolvido algumas componentes na fábrica do Minho, como é o caso da Renault e da Volvo, até porque a empresa era especializada em componentes para camiões, situação que se alterou nos últimos anos com o departamento de investigação, alcançando resultados que permitiram a criação de modelos mais sustentáveis que estão a atrair outras marcas importantes da economia mundial.
Além do grupo francês, outras empresas estiveram em destaque durante a reunião política de Paredes de Coura, como o caso da Akwel, que “prepara a construção de mais uma unidade”, ou da Kyaia, que “apronta a entrada no mundo do metaverso”, divulgou Vítor Paulo Pereira, presidente da Câmara.
Paredes de Coura quer estar entre os mais exportadores do Norte
Para o autarca, o desafio para os próximos 5 anos passa por integrar Paredes de Coura no ranking dos 20 concelhos mais exportadores da região Norte.
Segundo o edil, o apoio municipal à economia local está a “crescer de forma sustentada e rápida, sem lamentos ou esperar que os outros façam o nosso trabalho”, apontando ainda a aposta na habitação: “Arrancou há 2 meses o primeiro projeto de habitação a custos controlados com 27 apartamentos e estamos a finalizar um processo de candidatura ao PRR de 55 habitações para arrendamento acessível, na zona da Nogueira”.
Já gera 150 milhões para exportação
“Neste momento os nossos parques industriais têm um volume de negócios de 200 milhões de euros, dos quais 150 milhões são para exportação”, explicou o presidente da Câmara, anunciando que já existe o projeto para a terceira zona industrial, que nascerá em Linhares, ao que se somarão novos investimentos.
“Graças à Zendal, Paredes de Coura fará parte de um novo cluster biotecnológico que nascerá entre Porriño e Coura. A Galiza é um grande parceiro comercial da região Norte e do país, pelo que temos de aproveitar a proximidade com uma oportunidade única para o aprofundamento das relações comerciais bilaterais. Temos de cooperar, em vez de competir, para ganhar músculo no mercado global”, considerou.