A Direção Executiva do SNS anunciou que irá manter abertas as maternidades de Famalicão e Póvoa de Varzim, que a comissão criada pela anterior ministra da Saúde Marta Temido sugeriu encerrar, depois de o atual ministro ter visitado os locais.
A informação é avançada pelo próprio ministro, em comunicado enviado ao jornal Observador, dando conta que “vão manter atividade ininterrupta em termos de serviço de urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos, em função das condições de qualidade e segurança demonstradas, garantindo proximidade e prontidão da resposta”.
De acordo com o governante, os conselhos de administração têm um ano para “assegurar o investimento em infraestruturas, reforço de profissionais e diferenciação em neonatologia”.
Em janeiro do próximo ano, a Direção Executiva irá “avaliar a resolução dos problemas identificados”.
O ministro adianta ainda que as administrações “têm de informar a Direção Executiva sempre que existam questões que limitem a atividade destes serviços, nomeadamente situações de contingência”.
A maternidade do Hospital de Famalicão, no Centro Hospitalar do Médio Ave, registou em 2022 o nascimento de 135 bebés durante o mês de setembro, um dos números mais elevados desde que há registo.
Diogo Ayres Campos, coordenador da Comissão para Reforma das Maternidades, explicou na altura à Rádio Renascença que a estratégia passaria pela concentração de serviços e fecho de unidades.
“Temos acordado todos os princípios relativamente à proposta da rede de referenciação e está considerada no documento, de facto, a possibilidade de haver concentração de recursos em relação às urgências e blocos de partos nalgumas maternidades”, afirmou.
O responsável sublinhou, no entanto, que o número de partos não é o único fator a ter em conta. Outro critério importante era a distância entre maternidades. E eram esses dois fatores conjugados que colocavam as maternidades de Famalicão e da Póvoa de Varzim em risco.