Por estes dias conheceram-se as listas de deputados propostas pelos principais partidos. Novidades? Muito poucas. Inclusivamente nas reações – as de sempre.
- Anúncio -
São milhares de comentários sobre as escolhas para as listas de deputados. A maioria deles muito críticos e reveladores de verdadeiros massacres éticos por parte das estruturas dos partidos.
Tudo isto se evitava se existissem círculos eleitorais mistos:
● 2/3 dos deputados eleitos diretamente pelo seu círculo eleitoral (uninominal);
● 1/3 eleitos em lista do seu partido (indicados num ciclo nacional);
Acabam estas coisas dantescas apelidadas de distritais e éramos todos muito mais felizes.
Até chegar esse dia, sonhado por quem é desprendido de partidarite, vamos aguardando que algum dos partidos do arco do poder tenha o arrojo de avançar com as diretas para deputados. Já seria um bom começo. O PS falou no assunto mas pouco ou nada se viu de concreto.
Do lado da coligação ninguém quer mudar o status quo. Dá muito jeito encher as listas de ecos em detrimento de vozes. O cúmulo da amputação da liberdade de pensamento e ação dos deputados está bem descrito no vergonhoso documento aprovado pelo PSD com o perfil tipo de um deputado.
Um destes dias vamos ter um documento com o perfil tipo do cidadão, uma espécie de guia da mocidade portuguesa avançado. Mas até nisso a coisa é capaz de correr mal… É que é difícil encaixar num perfil traços como o casamento do Jorge Mendes, as férias dos famosos, as festas pimba da volta a Portugal, as farturas gordurosas e o costureiro da primeira dama…
Por isso, boas férias.