A confeção dos tapetes por onde vai passar, na quinta-feira, o andor da Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores de Viana do Castelo, começa esta quarta-feira em seis ruas da ribeira, com cerca de 30 toneladas de sal.
A confeção dos tapetes de sal, um dos mais típicos números da Romaria d’Agonia, realiza-se sempre na noite anterior ao dia da padroeira, 20 de agosto, feriado municipal, mobilizando centenas de pessoas, sobretudo moradores daquela zona.
Como manda a tradição é por estes tapetes que o andor da Senhora d’Agonia irá passar no regresso da também típica procissão ao mar e ao rio.
A sua preparação começa meses antes da festa mas a sua confeção é que atrai milhares de forasteiros que se perdem pelas tasquinhas da ribeira, animadas durante toda noite com concertinas e cantares ao desafio.
Na quinta-feira, primeiro dia de festas, realizar-se-á, às 14:30, a eucaristia na igreja de Nossa Senhora da Agonia, seguida da procissão ao mar e ao rio, um dos números mais emblemáticos da Romaria mas também dos mais recentes, já que se realiza, sempre a 20 de agosto, apenas desde 1968.
Já o culto em Viana do Castelo à padroeira dos pescadores tem a sua primeira referência escrita em 1744.
Segundo a VianaFestas, entidade que organiza a Romaria, este ano caberá ao barco de pesca “Senhoria da Agonia”, devidamente engalanado, a tarefa de levar a imagem da santa padroeira que lhe dá o nome.
Já a embarcação “Sempre em frente” levará o andor da Senhora de Monserrate, o barco “Deus Quer” transportará a imagem de São Pedro, e o “Montaria” a Senhora dos Mares.
Nas margens, milhares de pessoas concentram-se para ver e saudar a procissão, envolvendo mais de uma centena de embarcações de pesca e de recreio.
No regresso a terra, os pescadores transportam os andores de novo à igreja, agora pelas ruas da ribeira onde na noite anterior foram confecionados os típicos tapetes de sal.
