Máquinas e equipamentos de fábrica falida em Valença estão em leilão por meio milhão de euros

Cablerias
Foto: Leilosoc

Os ativos da fábrica Cablerias, multinacional espanhola que fechou no início deste ano com uma dívida de sete milhões e atirou 250 trabalhadores para o desemprego, estão, a a partir de hoje, em leilão eletrónico por cerca de meio milhão de euros.

As licitações podem ser feitas até ao dia 18 de junho deste ano no site da Leilosoc.

À venda estão 100 lotes de equipamentos, que podem ser adquiridos lote a lote ou através da combinação de venda para a totalidade dos bens, que está avaliada em 519.525 euros (valor base de venda).

Os interessados podem licitar a partir de 355.000 euros (valor de abertura, que inicia as licitações).

Os ativos incluem máquinas industriais (de corte e cravação da marca Komax, modelos Apha 411 e Gamma 263S), bem como equipamentos de apoio à indústria (entre eles dinamómetros, micrómetros, prensas, tunéis retráteis, câmaras climáticas, de nevoeiro salgado, de combustão e de esterilização).

Estão também em leilão equipamentos de logística (módulos de estante industriais, porta paletes e empilhador).

Em comunicado enviado a O MINHO, a Leilosoc destaca que o lote de stock, avaliado em 60.000 euros, é composto por cerca de 618 mil unidades de conectores, terminais, fixadores e outros componentes, bem como cerca de 10 mil metros de tubos.

Por fim, também foram colocados em leilão bens de mobiliário, equipamentos de escritório e um veículo ligeiro de mercadorias.

As visitas aos equipamentos realizam-se no dia 12 de junho de 2025, das 14:00 às 16:30.

Todos os artigos podem ser consultados aqui.

Fábrica abriu em 2009

A C.C. Cablerias Manufacturing Unipessoal Lda, empresa portuguesa do Cablerías Group, grupo espanhol com mais de 60 anos – abriu em 2009, na Zona Industrial de Grandra, em Valença, onde se localizava o centro de produção nacional.

A fábrica dedicava-se ao desenvolvimento, produção, comercialização e distribuição de cablagens e sistemas de distribuição elétrica e eletrónica para a indústria automóvel, produzindo componentes para marcar como Mercedes-Benz, Porsche, BMW, Audi, Volvo, Ford, Volkswagen, Opel, Renault, Citroën, entre outras.

Dívida de 7 milhões

Como O MINHO noticiou, em janeiro deste ano, a assembleia de credores da fábrica, declarada insolvente e com uma dívida de cerca de sete milhões de euros, aprovou por unanimidade a liquidação da empresa.

O fecho atirou para o desemprego cerca de 250 trabalhadores, sobretudo mulheres.

A empresa tinha uma dívida de cerca de cinco milhões de euros especialmente a empresas de trabalho temporário e cerca de dois milhões de euros de dívida a trabalhadores, o que totaliza sete milhões de euros.

De acordo com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), a empresa foi declarada insolvente a 27 de novembro de 2024.

“A situação da empresa foi-se agudizando, não por falta de trabalho mas sim por dificuldade em se financiar junto dos investidores e na dificuldade em fazer face aos seus compromissos financeiros”, descreveu, na altura, o SIMA, em comunicado.

 
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