A maioria PSD/CDS/PPM na Assembleia Municipal aprovou, ontem, uma moção, apresentada pelo social-democrata Hugo Soares, dirigida ao Ministério da Saúde em que se pedem explicações sobre o eventual termo da parceria público-privada no Hospital de Braga.
O tema gerou polémica com os deputados municipais da CDU e do Bloco a manifestarem-se a favor do fim da parceria e da passagem da gestão do Hospital para a esfera pública.
Carla Cruz, do PCP, interveio apontando deficiências à gestão do grupo Mello Saúde, nomeadamente as de “grandes listas de espera”, falta de medicamentos e práticas que apenas visam o lucro.
O BE pronunciou-se no mesmo sentido. Na ocasião, o presidente do Município reafirmou a sua posição
favorável à manutenção da PPP, citando um relatório elogioso do Tribunal de Contas (TC), segundo o qual, o novo Hospital de Braga em regime de PPP, que substituiu o antigo Hospital de São Marcos, em 2009, “aumentou a oferta de cuidados de saúde à população: as consultas externas aumentaram cerca de 99% (entre 2009 e 2015) e a atividade do internamento e cirurgia de ambulatório mais do que duplicou face às previsões iniciais”.
A gestão do Hospital – acrescenta o relatório – tem sido eficiente na utilização dos recursos: o custo operacional por doente padrão foi, em 2015, de 2.158 euros, o mais baixo entre todos os hospitais do SNS; o financiamento atribuído pelo Estado ao Hospital, por doente padrão, foi em 2015 de 2.084 euros, o mais baixo entre os hospitais de gestão pública selecionados para comparação”.