Um acordo entre um intermediário da máfia albanesa, um italiano relacionado com a Ndrangheta e a máfia colombiana terminou da pior forma para os mafiosos, com cerca de 1.400 quilos de cocaína a serem largados em Peniche, em abril deste ano, produto que foi encontrado e apreendido pela GNR.
Alguns dos envolvidos foram esta terça-feira detidos nas rias baixas da Galiza, numa ação da Guarda Civil em conjunto com a Polícia Judiciária portuguesa e até da força-especial anti-droga dos Estados Unidos, a DEA.
Segundo o Diário de Pontevedra, que avança a informação, os agentes entraram numa zona onde residem várias famílias conotadas com o tráfico de droga, em casas caras e numa zona nobre da área de San Miguel de Deiro, em Arousa.
As buscas levaram à detenção de dez pessoas, entre elas vários membros do clã que colaborou com o transporte da droga a mando dos mafiosos e que efetuaram a descarga que acabou por resultar na morte de um dos elementos, que caiu e foi colhido por uma hélice da “narcolancha”.
Depois de descarregarem a droga na zona de Peniche, os sobreviventes aproveitaram para armazenar mais de 1.200 quilos numa zona florestal perto da praia, deixada em situação ideal para ser colhida depois por veículos todo-o-terreno que conseguiam aceder ao local.
Segundo aquele diário, o transporte da droga estava a cargo desta família, conhecida como “Los Piturros”, enquanto a mercadoria pertencia ao cartel dos Balcãs.
No barco, abandonado pelos traficantes, foram encontrados mais 200 quilos de cocaína.
Alguns dias antes desta operação, a Guarda Civil já havia identificado o albanês e outras duas pessoas de nacionalidade colombiana, todos eles a residir na Galiza, como suspeitos de terem participado nesta operação de narcotráfico.