O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro disse, na quinta-feira, no Funchal, que espera um “apoio massivo” dos militantes de todo o país, para “inverter o ciclo de definhamento” do partido, tornando-o “ganhador” ao nível autárquico e legislativo.
“Eu estou mesmo muito esperançado em receber da Madeira um voto muito, muito massivo para dar força à liderança do PSD, com vista a cumprir os desideratos de sermos um partido ganhador do ponto de vista autárquico em 2021 e do ponto de vista legislativo em 2023”, afirmou o candidato.
Luís Montenegro, antigo líder parlamentar do PSD, encontra-se reunido com militantes social-democratas numa unidade hoteleira da capital madeirense, para apresentar a sua candidatura à liderança do partido, à qual concorrem também o atual presidente Rui Rio e o vice-presidente da Câmara de Cascais (distrito de Lisboa), Miguel Pinto Luz.
“Espero um apoio massivo dos militantes de todo o país e da Madeira também”, afirmou, vincando que a região autónoma é um “excelente exemplo” da intervenção social-democrata na sociedade em termos de desenvolvimento económico e social.
Montenegro disse que quer inverter o “ciclo de definhamento” que afeta o PSD e o impede de ser líder do Governo da República e líder no poder municipal, que a sua candidatura definiu como dois grandes objetivos.
“Por um lado, haver uma demarcação muito concreta da nossa ação política face ao Partido Socialista, ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda, que hoje formam a frente que governa o país”, explicou, indicando que, por outro lado, quer preparar o PSD para “recuperar a supremacia nos municípios e nas juntas de freguesia”.
O candidato referiu ainda que a defesa da autonomia nos arquipélagos da Madeira e dos Açores é “fundamental para que o Estado funcione melhor” e sublinhou que o PSD é o partido português com o património “mais rico” no desenvolvimento e diversificação da autonomia política.
“Temos um bom exemplo nas nossas regiões autónomas de como é possível aproximar decisões políticas dos cidadãos e, com isso, atenuar, ou mesmo eliminar, algumas desigualdades que no passado existiam entre as pessoas que viviam nas regiões autónomas e no território continental”, declarou.
As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o congresso está marcado entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.