As montras das loja associadas na Associação de Comércio Tradicional de Guimarães abriram hoje faixas negras nas montras. Os comerciantes estão em protesto contra as medidas tomadas e anunciadas pela Câmara Municipal, nomeadamente o corte do trânsito a título experimental, nos fins de semana de dezembro.
A ACTG quer ver esclarecidas questões relacionadas com o anunciado corte de trânsito até ao final de 2023, recentemente reiterado na reunião do executivo camarário, da passada quinta-feira, pelo presidente da Câmara, Domingos Bragança. “Quais os ganhos e vantagens que decorrem do corte de trânsito? O porquê do referido corte ser efetuado a partir das 16:00?” – perguntam os comerciantes, referindo-se à proibição de circulação, aos fins de semana, em dezembro, no horário das 16:00 às 18:00. “Para quem é que o corte de trânsito configura uma vantagem?” – acrescentam.
Os comerciantes queixam-se que, estando já no terceiro fim de semana de dezembro, ainda não sentiram o típico movimento natalício. “Natal, época de presentes, e nesse âmbito continua o executivo camarário a presentear o comércio tradicional com decisões unilaterais, mais do que isso, não ouvindo os comerciantes, conforme posição e pedido expresso apresentado, teimando em cortar o trânsito, repetindo o já efetuado no fim de semana anterior”, queixam-se, em comunicado que acompanha o protesto das montras enlutadas.
É mesmo para cortar o trânsito
Além das faixas negras de luto, as montras exibem cartazes a divulgar o velório do comércio tradicional, “uma iniciativa provocada pela Câmara Municipal de Guimarães”. O presidente da Câmara, na última reunião de Câmara afirmou, em resposta a uma intervenção do vereador do PSD, Hugo Ribeiro, que a ACTG não era representativa do comércio de Guimarães e reiterou a vontade de fechar o trânsito nas ruas adjacentes ao Centro Histórico. “Sé tenho medo que não seja possível cumprir o prazo dos projetos”, assegurou Domingos Bragança.