É um dos vídeos mais virais de sempre em Portugal e popularizou a expressão “Juro, Joca, não dói”. Um miúdo salta do anexo de um telhado e incentiva o outro a fazer o mesmo. Mas já não corre tão bem. Catorze anos depois, os dois amigos recriaram o famoso vídeo para um anúncio de uma operadora de telecomunicações e, à boleia disso, soube-se agora, tudo aconteceu em Guimarães.
A história de como tudo aconteceu foi agora contada por um dos protagonistas, Miguel Matos, à revista NiT: “Foi pura brincadeira de crianças. Estávamos na casa do nosso amigo Gabriel, a fazer vídeos e a saltar, e ele decidiu gravar-nos no momento em que aconteceu a desgraça”.
Tudo aconteceu em 2011, quando os amigos desde a primária tinham 11 anos. Agora com 25 anos, Miguel, que “sempre foi muito ágil”, recorda que foi o primeiro a saltar e depois incentivou o amigo, que estava mais receoso, a fazer o mesmo: “Oh Joca, não dói, juro pela minha morte”.
João Neves estatelou-se no chão. “Caiu mesmo por cima do braço e magoou o pulso. Teve de ir ao hospital e ficou com o braço ligado durante uns tempos devido à queda”, recorda o amigo.
Nunca contaram aos pais o que tinha acontecido, com meda da reação. Durante anos, a família de Joca achava que ele simplesmente tinha caído de bicicleta.
“Como tínhamos ido de bicicleta para a casa do nosso amigo, aproveitámos e usámos essa desculpa”, explica Miguel Matos na entrevista à NiT.
Só em 2015 é que a verdade foi revelada quando um colega da dupla partilhou o vídeo na internet e logo viralizou.
Os dois amigos nunca se aproveitaram da fama das redes sociais e só reapareceram agora na campanha publicitária da NOS. Catorze anos depois, já adultos, regressaram à casa do amigo Gabriel para regravar a cena.
Segundo a mesma fonte, Miguel agora trabalha no ramo automóvel, e Joca tem uma empresa de próteses dentárias. Cada um seguiu o seu caminho, mas mantiveram o contacto ao longo dos anos e continuam a viver em Guimarães.