Júlio Mendes sublinhou que a recondução para um terceiro mandato na presidência do Vitória de Guimarães, clube da I Liga portuguesa de futebol foi a “legitimação de um trabalho que começou há seis anos”.
Vitorioso no sufrágio mais concorrido de sempre da história do clube minhoto (7.274 sócios votaram), ao contabilizar 3.732 votos depositados nas urnas – 52% dos votos válidos, contra os 48% do adversário Júlio Vieira de Castro -, o sócio número 7.084 frisou que os vitorianos souberam reconhecer o trabalho da sua equipa em condições difíceis.
“[A vitória] Representa a legitimação de um trabalho que começou há seis anos, com um trabalho muito difícil. Eu dizia que os vitorianos têm memória e perceberam que há um trabalho que nos está a fazer crescer. Tivemos mais 600 votos do que há seis anos atrás”, disse, comparando com a votação de 3.134 votos da sua primeira eleição, em 2012, contra Pinto Brasil.
O presidente reeleito dos vimaranenses considerou que a escassa margem que lhe deu a vitória se deve fundamentalmente aos resultados da equipa de futebol nesta época, não “compatíveis com a grandeza do clube” – a equipa é nona na I Liga portuguesa de futebol – mas também a “outros aspetos”, que não especificou, reconhecendo que precisa de “interpretar o sinal” dado.
“Temos hoje, mais uma vez, a responsabilidade de gerir os destinos do Vitória. Agradecemos àqueles que votaram em nós, e pedimos àqueles que não votaram em nós que se unam em torno de uma única bandeira, porque só assim conseguimos ser mais fortes”, disse.
Concluídas as “guerras entre candidatos”, Júlio Mendes disse ainda estar convencido que, doravante, que conta com a lista de Júlio Vieira de Castro para “construir um Vitória maior” e que o “clube vai continuar a ser de todos”.
“A partir de agora, não há campanha eleitoral. O Vitória é de todos. Não é do A, nem do B. O Vitória vai continuar a ser dos vitorianos e não vai estar à disposição de ninguém para que tome posse como se fôssemos uma mercadoria”, realçou.
O presidente reeleito para o triénio até 2021 disse ainda que esperava “um discurso mais construtivo, de união” de Júlio Vieira de Castro, após o candidato da lista A ter afirmado poder concorrer de novo daqui a três anos ou “provavelmente menos” a novo ato eleitoral, sugerindo que a direção reconduzida pode não terminar o mandato.
Na varanda da sede de campanha, perante pouco mais de uma centena de vitorianos, Júlio Mendes salientou também que os sócios do clube preferiram a “estabilidade” e que a sua equipa vai trabalhar para ter o clube mais vezes ao “mais alto nível”.