Uma “decisão absurda de um Juiz protector dos corruptos”. Foi desta forma que o líder da concelhia de Braga do CDS reagiu à decisão de Ivo Rosa de não pronunciamento do antigo primeiro-ministro José Sócrates pelos crimes de corrupção passiva.
Segundo Altino Bessa, que é também vereador no executivo municipal da Câmara de Braga, Ivo Rosa deu hoje “uma ‘machadada’ na credibilidade da justiça e na dele próprio, se é que a tinha”.
Recorde-se que José Sócrates não vai a julgamento pelos três crimes de corrupção dos quais estava acusado de ter realizado enquanto era primeiro-ministro, decidiu o juiz Ivo Rosa, que leu hoje o despacho final de instrução da Operação Marquês, no Campus de Justiça, em Lisboa.
Apesar de o juiz ter pronunciado o antigo governante por seis crimes de branqueamento de capitais e falsificação de documentos, Altino Bessa lamenta que “os crimes que podiam condenar Sócrates prescreveram, mas pelo menos mostram que Sócrates é um corrupto”.
Ivo Rosa admitiu durante a leitura do despacho que existiam indícios de uma possível corrupção entre Ricardo Salgado e José Sócrates, ocorrida em 2010 e a envolver uma quantia de 10 milhões de euros, mas a ser crime, já terá prescrito.
Altino Bessa diz que o juiz “acreditou na tese da perseguição do Ministério Público a Sócrates, [e] na sua inocência quanto aos esquemas de corrupção, que eram mais que evidentes”.
“Mas mais , Ivo Rosa abriu a porta a todos os corruptos, afinal o crime compensa. Espero que o Tribunal da Relação corrija esta decisão absurda de um Juiz protector dos corruptos”, finalizou o líder centrista em Braga.