Três dos jovens que na madrugada de hoje foram identificados – e supostamente multados – pela PSP de Braga questionaram, em declarações a O MINHO, os critérios policiais que conduzem ao pagamento de multas, que podem ir de 100 a 500 euros.
“Estávamos num grupo no Parque Radical. Um tinha uma garrafa de vinho, mas nenhum dos outros estava a beber. A polícia chegou, identificou toda a gente e disse que íamos ser multados. Se assim for é injusto,e ilegal, porque não há factos, e vamos contestar”, disseram.
“Eu não estava a beber nada. Juro”, acentuou um dos identificados.
Em comunicado e conforme O MINHO noticiou, a PSP anunciou hoje que levantou nove autos de contraordenação a pessoas que estavam a beber álcool na Rua Andrade Corvo e na Rua dos Bombeiros Voluntários.
Como resultado desta fiscalização “foram levantados nove autos de contraordenação por incumprimento das regras de consumo de bebidas alcoólicas na via pública”, refere a PSP.
Os prevaricadores terão que pagar multas entre os 100 e os 500 euros.
Sobre este facto aqueles jovens – que pediram o anonimato – dizem que, “infelizmente a Polícia faz o que quer e chega aos tribunais com versões deturpadas dos factos. O problema é que, o testemunho de um agente policial vale por três dos nossos em Tribunal, apesar disso ser inconstitucional”.
A isto acresce que, “como todos são estudantes ou são desempregados, as coimas vão recair sobre os pais, pessoas que já pagam impostos ao Estado que chegam e sobram. Ou será que vamos presos por uma coisa tão comezinha que nem praticamos?”, perguntam.
Além de rondas noturnas em busca de grupos de jovens, a PSP tem atuado, incluindo com agentes à paisana, nos bares da Sé, para controlar as horas de fecho e a distância social. Já a Polícia Municipal tem-se voltado, maioritariamente, para os carros mal estacionados, passando a respetiva coima
O MINHO contactou as Relações Públicas da PSP mas não obteve resposta acerca dos reparos dos jovens.