O novo edifício que vai albergar a sede da EDP, em Lisboa, já vai ganhando forma, depois de um ano de trabalhos levados a cabo pelo grupo DST, de Braga.
Apesar de terem falhado a data prevista para a conclusão da obra – primeiro semestre de 2022 -, o grupo mostrou hoje, nas redes sociais, que o projeto vai ganhando forma, através da construção das fachadas do edifício e da montagem da estrutura metálica.
O novo edifício, desenhado pelo vencedor do Pritzker 2016, o arquiteto chileno Alejandro Aravena, em colaboração com o arquiteto Carrilho da Graça, assentará nas potencialidades do betão e do vidro, apostando no aproveitamento de materiais resultantes da demolição dos edifícios existentes no local da empreitada e distingue-se pela utilização de materiais sustentáveis que lhe confere um caráter de construção intemporal.
Tem uma área bruta de construção de 23.800 m2 e uma área útil para serviços de 11.400 m2, além de quatro pisos de estacionamento com 257 lugares, dos quais 97 serão públicos.
Foram, assim, demolidos os edifícios que existiam no local e foi executada a contenção periférica da obra, permitindo assim as escavações do terreno.
Assim que estiver concluído, o edifício será ocupado por cerca de 800 colaboradores da EDP que se encontram noutros espaços em Lisboa.
O projeto prevê a construção de duas torres, nascente e poente, interligadas na cave e erguidas ao longo de seis pisos acima do solo, por onde se distribui o átrio e a receção, no piso 0, escritórios, entre o primeiro e o quarto andar, e, por fim, ginásio, esplanada, sala de conferências e cobertura.
A área ronda os 1.000m2 por piso e por torre.
Na zona central do empreendimento, localizada no piso 0, será construído um túnel de acesso às duas torres, estando ainda projetado um “bloco exterior inclinado“que encostará na torre poente assemelhando-se a um”livro tombado”.
O interior desta praça central foi projetado para funcionar essencialmente como átrio e cafetaria, já fora da implantação das duas torres, um espaço exclusivamente público, que beneficiará ainda de uma plataforma que servirá como miradouro do rio Tejo.
Nesta empreitada participam diversas empresas e departamentos do dstgroup, nomeadamente bysteel, dte, tbetão, tgeotecnia em parceria com a empresa BIM+, cuja capacidade produtiva interna permitirá que todo o projeto seja preparado e modelado em BIM, uma metodologia transversal às várias empresas daquele grupo empresarial.
José Teixeira, presidente do Conselho de Administração do dstgroup, considerou, no arranque da obra, em 2020, que “a conquista desta empreitada, para além de valorizar o portfólio do grupo com uma obra emblemática que será um marco na paisagem urbana da capital, trouxe um apport extra de incentivo junto das equipas que estarão diretamente envolvidas na execução da nova sede da EDP”.
“Teremos várias empresas e equipas mobilizadas em torno desta obra comprometidos em dar o seu melhor ao serviço deste projeto assinado pelo reconhecido arquiteto Alejandro Aravena, em colaboração com o arquiteto Carrilho da Graça”, relevou.