Imobiliária acusa Câmara de Braga de querer confiscar terrenos nas Sete Fontes

Município não quer expropriar.
Imobiliária acusa câmara de braga de querer confiscar terrenos nas sete fontes
Sete Fontes. Foto: DR

O grupo imobiliário Vilaminho acusou, esta terça-feira, a Câmara de Braga de querer fazer “um verdadeiro confisco” aos proprietários de terrenos nas Sete Fontes, ao propor-se comprá-los por 10 euros o metro quadrado.

“O município pretende incidir sobre alguns proprietários os encargos da construção do ecoparque das Sete Fontes, esvaziando os seus direitos de propriedade”, afirma o empresário Ermelando Sequeira em nota enviada a O MINHO, na qual anuncia que “tomou as iniciativas jurídicas necessárias para a defesa dos seus direitos”.

A VilaMinho acentua que “representa um conjunto de empresas bracarenses que contribuem para o desenvolvimento económico da cidade e do concelho de Braga, promovendo o emprego e a qualidade de vida de famílias, empresas e instituições”. O Grupo lembra que “é defensor da preservação e valorização do património arqueológico, cultural e histórico das Sete Fontes”. “Sabemos que a Câmara Municipal pretende criar um parque ecológico nos terrenos que são privados. Não havendo nada que nos oponha à criação do referido parque ecológico, não podemos, contudo, ficar impávidos e tranquilos perante a proposta da Câmara, que, no fundo, quer que suportemos a criação do parque, ao oferecer um valor inaceitável pela expropriação dos terrenos”.

Recurso aos tribunais

Em função disto, – prossegue – “e não havendo margem para diálogo e negociação por parte da Câmara Municipal de Braga, o Grupo VilaMinho, aguardando, serenamente, as decisões dos tribunais”. Essas iniciativas jurídicas – acentua – “não põem em causa o normal andamento de quaisquer iniciativas camarárias, sendo tal, exclusivamente, imputável ao município”. Curiosamente, – anota – na contestação a uma dessas ações judiciais, é o próprio município que se opõe à aquisição dos terrenos da VilaMinho por via de expropriação, circunstância que revela não existir por parte da Câmara Municipal a intenção de construir o ecoparque”.

E continuando, afirma. “De resto, o atraso na construção do ecoparque deve-se apenas ao município, dado que este executivo permanece sem definir ou aprovar os procedimentos urbanísticos indispensáveis à sua execução”.

Câmara não quer expropriar

Ermelando Sequeira, diz que o que ocorreu no dia 3 de Julho, – referindo-se a reunião com os proprietários – “quando o presidente da Câmara apresentou a quantia de 10 € por metro quadrado, não tem, nem pretendeu ter, qualquer formalismo ou vinculação por parte de quem quer que seja”.

E, diz, ainda, que, “aliás, nas referidas ações judiciais é o próprio município que afirma que não foi feita qualquer proposta formal aos proprietários”. O presidente de Câmara afirma o que lhe interessa consoante o que lhe convém. De qualquer forma, o grupo VILAMINHO quer deixar bem claro que não aceita, nem admite, que o seu património seja alvo de um verdadeiro confisco.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior
Apostador de braga ganhou 368 mil euros no euromilhões - ficou a uma estrela de 162 milhões

Apostador de Braga ganhou 368 mil euros no Euromilhões - ficou a uma estrela de 162 milhões

Próximo Artigo
Prisão preventiva por ameaçar matar os pais idosos a exigir-lhes dinheiro

Prisão preventiva por ameaçar matar os pais idosos a exigir-lhes dinheiro

Artigos Relacionados