A obra de reabilitação da Igreja do Pópulo, em Braga, um investimento de um milhão de euros que teve como objetivo principal travar as infiltrações de água, vai ser inaugurada no sábado, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte refere que o investimento foi financiado em 85% por fundos europeus, através do programa Norte 2020.
“O edifício apresentava, antes da intervenção, severas condições de conservação, sobretudo ao nível das coberturas, torres, fachadas, pisos, tetos, caixilharia, balaustrada do coro alto e caixa do órgão”, acrescenta.
Contactado pela Lusa, o pároco da Sé e responsável pela igreja do Pópulo, cónego Manuel Joaquim Costa, disse que o principal objetivo foi travar as infiltrações, que ocorriam um pouco por todo o templo.
“A água escorria pelas paredes, pode-se dizer que chovia dentro da igreja”, referiu.
A igreja esteve em obras durante cerca de dois anos, sendo que durante seis meses esteve fechada ao culto.
Entretanto, já reabriu, há cerca de três meses, estando agora a decorrer os trabalhos finais.
Além da renovação total da cobertura e da requalificação do interior e exterior, a empreitada incluiu a instalação de um sistema anti-pombos.
Também os sistemas elétrico e de som foram renovados.
“Está como nova”, disse Manuel Joaquim Costa.
Segundo a CCDR-Norte, a Igreja do Pópulo está inserida no roteiro do património religioso de Braga e assume-se como “um símbolo” da arquitetura religiosa da cidade, sendo “uma das igrejas mais visitadas diariamente, devido ao seu elevado interesse turístico”.
A construção do templo foi iniciada em 1596, mas prolongou-se até ao século XIX.
Com a extinção das ordens religiosas masculinas (1834), o conjunto, composto pela igreja e por um convento, transitou para as mãos do Estado.
A partir de 1841, as dependências do convento passaram a acolher um Regimento de Infantaria.
Desde 1996, albergam alguns dos serviços da Câmara Municipal de Braga.