O Hospital de Braga criou um espaço para receber doentes que já tenham obtido alta médica e, assim, libertar camas no internamento.
Em comunicado enviado a O MINHO, a unidade de saúde explica que este “projeto pioneiro em Portugal, que torna mais eficiente o processo da alta clínica dos utentes, e que visa rentabilizar o número de camas do internamento”, está a funcionar desde o passado dia 09 de outubro.
O Hospital de Braga explica que o novo espaço de Alta Centralizada permite receber 15 utentes em simultâneo, e destina-se a acolher os utentes que têm alta clínica do internamento, enquanto aguardam pelo transporte ou familiares e acompanhantes.
“Normalmente, a admissão diária de doentes é efetuada antes da consequente alta do mesmo equivalente de doentes. A medida vem, desta forma, tornar eficiente a gestão das camas do internamento, disponibilizando-as mais rapidamente, de forma a poder atribuí-las a novos utentes, para a realização de atos programados ou urgentes”, pode ler-se no comunicado.
A Alta Centralizada – segundo o Hospital de Braga – “rapidamente obteve resultados que permitiram uma maior otimização de recursos, aumento da eficiência na ocupação de camas e, simultaneamente, melhoria na humanização dos cuidados prestados”.
Cerca de dois meses depois, passaram pela Alta Centralizada 449 utentes, disponibilizando, assim, mais rapidamente, camas do internamento para novas admissões de utentes. No total, as camas ficaram livres por mais 1.068 horas do que se o utente tivesse permanecido no internamento.
“A elevada procura e necessidade de promover uma maior acessibilidade aos cuidados de saúde prestados pelo Hospital de Braga, reforça a importância da implementação desta medida, que vem responder a algumas necessidades detetadas, nomeadamente a taxa de ocupação média superior a 95%, e o facto de a maioria dos utentes ter alta efetiva, principalmente, no período da tarde, e em alguns casos, já no período noturno”, refere o comunicado.
À semelhança da admissão centralizada, “a Alta Centralizada é uma medida útil para dar resposta a uma situação complexa, multifatorial e altamente constrangedora para os utentes. Esta resposta vem contribui para uma maior humanização no circuito dos utentes, concedendo-lhes maior conforto, durante a estadia nos Serviços do Hospital de Braga”, conclui Fátima Faria, enfermeira diretora do Hospital de Braga, citada no comunicado.