O hangar do Centro de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdevez vai entrar em funcionamento na primeira quinzena de julho, para reforçar a proteção e socorro a pessoas e bens no Minho e na Galiza, foi hoje divulgado.
Contactado pela agência Lusa, a propósito de uma nota emitida pela autarquia sobre aquela obra, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves, adiantou que o “hangar estará operacional na primeira quinzena de julho”, representando um investimento de 678.381,12 euros.
O CMA integra a estrutura do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Minho, onde, por se tratar de um território transfronteiriço, o raio de ação das aeronaves ali sedeadas permite também dar cobertura ao território da Galiza.
A localização “estratégica e centralizada” do CMA permite ainda dar cobertura aos distritos de Braga e Vila Real.
Atualmente, o CMA dispõe de um helicóptero de combate a fogos florestais, mas este ano o distrito de Viana do Castelo vai ser dotado de segundo meio aéreo, perdido há quatro anos.
À Lusa, o presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Viana do Castelo, Vítor Paulo Pereira, disse que o segundo helicóptero “deverá chegar em breve”.
“O segundo meio aéreo ainda se encontra em procedimentos de manutenção e certificação e deverá ser entregue em breve”, referiu Vítor Paulo Pereira, que é também presidente da Câmara de Paredes de Coura.
A construção do hangar do CMA foi iniciada em dezembro de 2022. A nova infraestrutura é constituída por uma “área técnica onde se localizará todo o equipamento e maquinaria essencial ao seu funcionamento” e uma segunda “para oficina e estacionamento de aeronaves e reparações das mesmas”.
A empreitada, “quase concluída” é cofinanciada pelo INTERREG V A Espanha Portugal (POCTEP), Portugal 2020, com um investimento elegível de 630.000 euros e comparticipação comunitária de 472.500 euros.
Com uma área total de 222 mil hectares, o distrito de Viana do Castelo tem 208 freguesias, 99 das quais (8,9% do total do país) consideradas prioritárias na prevenção de fogos florestais e onde estão identificados 1.185 lugares prioritários.