“Gumball à Tuga”. De Vila Verde a Ponte de Lima, 400 quilómetros em carros em fim de vida e clássicos

Evento criado por dois amigos limianos volta à estrada em abril
Foto: DR

Depois do sucesso da estreia no ano passado, o “Gumball à Tuga” volta a realizar-se de 25 a 27 de abril.

Se no ano passado o percurso escolhido foi a Rota Norte, desta vez os carros em fim de vida e clássicos vão partir de Vila Verde e acabar em Ponte de Lima, num percurso de 400 quilómetros que vai à Galiza e atravessa o Parque Nacional da Penda-Gerês.

Dado que a cerveja Letra é a patrocinadora oficial do evento automobilístico, o ‘slogan’ desta segunda edição será: “Da Letraria de Vila Verde à de Ponte Lima são 400 quilómetros”.

Além do novo percurso, o “Gumball à Tuga” surge com mais novidades, como revelam a O MINHO os organizadores, Tiago Lopes e Rui Costa.

Novo percurso

“Este ano decidimos fazer com uma parte em terra, porque no ano passado tivemos ali um bocadinho em terra e o pessoal gostou. Basicamente, vamos juntar três eventos nacionais e mundialmente reconhecidos, que é a Falperra, o troço WRC de Vieira do Minho e também o circuito de Rallycross de Montalegre. Estamos a preparar tudo para que isso seja possível. Só nos falta confirmar mais umas coisinhas”, adianta Rui Costa.

Em Vieira do Minho, haverá “10 quilómetros em terra batida, com um trajeto alternativo para os clássicos que não podem passar lá”.

O percurso começa em Vila Verde, segue para Braga e Vieira do Minho até Montalegre. De lá, os carros seguem para o Gerês até Lóbios, na Galiza. “Vamos entrar um bocadinho em Espanha e ter aí uma vertente de relaxar um bocadinho nas termas”, explica Rui Costa.

A seguir, os participantes vão para Castro Laboreiro e pernoitarão em Melgaço, onde vai estar a decorrer a Festa do Alvarinho.

Depois, sempre “pelas estradinhas de dentro”, novamente Castro Laboreiro, Lamas de Mouro (Melgaço), Gavieira, Senhora da Peneda (Arcos de Valdevez), Ponte da Barca e Ponte de Lima, com previsão de chegada às 12:00 de domingo.

‘Geocaching’

Nesta segunda edição, os organizadores vão proporcionar aos visitantes uma atividade do género de ‘geocaching’.

“Além de podermos usufruir das estradas e de passar em sítios que são icónicos em Portugal, vamos fazer com que as pessoas possam visitar lugares ou monumentos e possam aprender um bocadinho sobre eles. E como é que nós vamos fazer isso? Através de QR codes nos locais para eles acederem à história. E vamos fazer também um pequeno passaporte, inspirados na ideia da Nacional 2, em que, como não temos carimbo, vamos ir fazer uns autocolantes e vamos colocar em cada ponto para que depois possam ir lá e colocar no seu passaporte”, explica Rui Costa.

Apesar das novidades, a ideia original mantém-se: “Que as pessoas se divirtam, conheçam também um bocadinho mais das estradas que temos aqui, que são espetaculares”.

O “Gumball à Tuga” é inspirado no Gumball 3000, um dos maiores eventos automobilísticos do mundo. Nesta edição, os organizadores vão incentivar que “as pessoas decorem os carros” inspirados noutra corrida emblemática, a “Garbage Run”.

“Queríamos tornar isto numa versão mais divertida, com os carros personalizados, brincar um pouco com os carros, para fazer uma coisa mais divertida e engraçada”, assinala Tiago Lopes, salientando a importância dos patrocinadores Letra, Carla Estética, Casa das Jantes, Zenit Automóveis e Peças Límia.

As inscrições vão abrir até ao final do mês.

No ano passado, a primeira edição contou 28 viaturas e 64 participantes. Este ano, os dois amigos de Ponte de Lima esperam “o dobro”, sendo que a ideia não é crescer desmesuradamente, sob pena de perder a envolvência mais familiar e de convívio entre os participantes.

Pese embora esta edição ainda não ter saído para a estrada, os organizadores já pensam na do próximo ano e desvendam que o percurso será o da mítica Nacional 2.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados