Perto de 300 pessoas assinaram, em dois dias, uma petição pública na Internet a exigir a eleição dos representantes dos pais no agrupamento de escolas de Monção, anunciou hoje à Lusa a promotora da iniciativa.
A petição intitulada “Pela Eleição dos Representante dos Pais No Agrupamento de Monção” foi admitida no portal da Assembleia da República no passado dia 19 de abril.
A primeira signatária do documento, mãe de um aluno do agrupamento de escolas de Monção, explicou à Lusa que “há mais de dois anos que aquele agrupamento funciona num ambiente de grande instabilidade”.
“Inúmeras foram as tentativas para devolver a normalidade ao agrupamento, sendo que a comunidade educativa tem tentado junto dos diversos responsáveis políticos e feito todos os esforços para resolver esta situação”, sustentou Ana Maria Oliveira.
Segundo aquela encarregada de educação a escola mantém-se “há cerca de três anos a funcionar com sucessivas Comissões Administrativas Provisórias (CAP).
Anteriormente à Lusa adiantou que o objetivo da iniciativa “é demonstrar que a comunidade educativa e a sociedade civil de Monção defendem que os representantes dos pais no Conselho Geral do Transitório (CGT) devem ser eleitos, tal como os outros elementos daquele órgão.
“Neste momento os pais são os únicos que ainda não tiveram oportunidade de, num ato eleitoral, como é normal em democracia, eleger os seus representantes”, sustentou na altura.
Além Assembleia da Republica, a petição tem como destinatários o ministro da Educação e Ciência, a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) do Norte, e o presidente da Comissão Administrativa Provisória (CAP) do Agrupamento de Escolas de Monção.
A direção do agrupamento de escolas de Monção, em situação provisória desde 2012, foi eleita em junho passado por apenas um voto de diferença em relação à lista adversária.
A realização daquelas eleições foi solicitada, em março passado, com “caráter de urgência”, pelo secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar face ao impasse diretivo naquele agrupamento, devido à anulação das eleições de dezembro de 2012 e de maio de 2013, pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga.