Governo garante “ajuda técnica” para resolver problemas estruturais na ponte de Amares

Ministério garante colaboração técnica
Governo garante “ajuda técnica” para resolver problemas estruturais na ponte de amares

O ministro das Infraestruturas garantiu hoje “colaboração técnica” para resolver os problemas estruturais da ponte entre Amares e Vieira do Minho, encerrada ao trânsito por questões de segurança, salientando que a estrutura é de responsabilidade municipal.

“É uma ponte de responsabilidade municipal, poderemos prestar, certamente, colaboração técnica como temos feito a outras autarquias, mas a situação é muito recente”, afirmou Pedro Marques, em Vila Nova de Famalicão, à margem da assinatura de um protocolo que vai permitir a instalação naquele concelho do maior terminal rodoferroviário da Península Ibérica.

A mais antiga ponte de betão armado do país, conhecida por ponte do Bôco, foi hoje fechada à circulação automóvel por apresentar “algumas fissuras” e ter “ferro à mostra”, segundo garantiram os autarcas daqueles concelhos.

“Tenho que ter mais informação, de acordo com a que tenho disponível, é uma circulação, uma via, uma obra de arte da responsabilidade dos municípios e a Infraestruturas de Portugal (IP) apurará toda a informação e prestará toda a ajuda técnica”, reafirmou Pedro Marques.

O governante mostrou concordância com a decisão dos autarcas em fechar a circulação rodoviária naquela ponte, explicando que agora é preciso avaliar “o impacto na mobilidade” e depois “encontrar decisões” para resolver a situação.

“As decisões devem ser tomadas do lado da segurança, garantindo a segurança aos cidadãos. As soluções concretas de mobilidade devem ser perspetivadas, mas a prioridade deve ser a segurança dos cidadãos”, disse.

As câmaras de Viera do Minho e Amares encomendaram ao professor da Universidade do Minho José Sena Cruz a elaboração de um estudo sobre o estado da ponte e de um caderno de encargos com todos os custos inerentes a uma intervenção de fundo na estrutura.

“Só depois é que se verá qual a melhor solução, que até pode passar pela construção de uma nova ponte”, sublinhou na terça-feira o presidente da Câmara de Vieira do Minho, António Cardoso.

Aquela ponte sobre o rio Cávado foi construída entre 1908 e 1909 e faz a ligação entre o lugar de Aldeia, freguesia de Parada do Bouro, concelho de Vieira do Minho, e o lugar de Dornas, freguesia de Bouro (Santa Maria), concelho de Amares.

As câmaras já tinham colocado sinalização a proibir a passagem de pesados, mas, segundo Manuel Moreira, “os camiões continuaram sempre a passar”.

Por isso, desta vez, as câmaras optaram pela colocação de “barreiras físicas”.

Os dois autarcas reconhecem que o corte da circulação causa “grandes transtornos”, sobretudo aos pesados, que serão obrigados a um trajeto extra de “seguramente mais de 20 quilómetros”.

Já para os ligeiros, o desvio deverá rondar os cinco quilómetros.

Com um tabuleiro de 33 metros de comprimento e com apenas uma faixa de rodagem, a ponte do Bôco está classificada como imóvel de interesse público.

 
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