A Direção-Geral do Património Cultural vai propor ao ministro da Cultura a classificação como sítio de interesse público do Santuário Rupestre de Garfe, na Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, foi hoje anunciado.
Em anúncio hoje publicado em Diário da República, a diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva, refere que a proposta de classificação se fundamenta em parecer da Secção do Património Arquitetónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura.
A proposta está em consulta pública durante um mês, devendo os interessados apresentar as suas sugestões ou reclamações junto da Direção Regional de Cultura do Norte.
Segundo uma publicação na página do município da Póvoa de Lanhoso, o Santuário Rupestre de Garfe está implantado num afloramento granítico, de forma tendencialmente circular e superfície arredondada, apresentando no topo três tanques escavados.
“Estão orientados no sentido este-oeste, numa clara alusão ao nascimento-morte”, refere.
O acesso aos tanques é facilitado por um carreiro percetível pelo desgaste no afloramento.
Na envolvente, são percetíveis entalhes e outras estruturas/sepulturas escavadas nas rochas, sugerindo um santuário maior e mais complexo.
“Apesar de ainda não terem sido efetuadas intervenções arqueológicas, para aferir a sua funcionalidade e cronologia, pelo material cerâmico disperso na envolvente, e por comparação com o santuário rupestre de Panóias, em Vila Real, tem-se atribuído a sua edificação ao período romano”, acrescenta a publicação.