Foi adjudicado o contrato de concurso público para o ordenamento da visitação à Cascata da Barja, em Terras de Bouro, pelo valor de 205.060,09 mil euros (+IVA), levando ao início das obras que visam criar uma visita mais segura para os turistas que procuram as famosas “cascatas do Tahiti” do Gerês.
A obra foi adjudicada à construtora Qualidade Group, com sede em Felgueiras.
Durante o período de obras, o local estará vedado por chapa metálica lacada com dois metros de altura e portões, criando ainda um estaleiro e o seu acesso para circulações independentes para a empreitada.
As obras incidem na criação de uma estrutura metálica apoiada em formato tipo estacas que servirá como miradouro para as cascatas, incluíndo a colocação de gradeamento e outras intervenções ao redor da cascata para melhorar o acesso.
O prazo das obras é de 120 dias, esperando-se por isso que no próximo ano o local esteja pronto para receber os turistas de verão.
A desmontagem do estaleiro inclui a limpeza, as demolições e reposição do terreno e demais instalações provisórias nas condições iniciais, garante o Caderno de Encargos consultado por O MINHO.
Estas obras surgem da vontade do presidente da Câmara de Terras de Bouro em tornar aquela zona, bastante concorrida no verão, num local mais seguro para visitação, dado o elevado número de acidentes que ali ocorrem anualmente, alguns resultando na morte de turistas.
A posição de Manuel Tibo tinha sido assumida pelo autarca em declarações a O MINHO em março de 2022 e reafirmada, em maio do mesmo ano, durante uma visita do então secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e Ordenamento do Território, João Catarino, ao Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG).
“Quero que a cascata do Tahiti tenha, de facto, um local de visitação, que seja um miradouro de excelência arquitetónica, incluído na paisagem, mas, não consigo, enquanto responsável máximo da proteção civil em Terras de Bouro, conceber que as pessoas vão utilizando a cascata do Tahiti, acabam por ter acidentes, alguns deles, infelizmente, mortais”, considerou Manuel Tibo.
Notícia atualizada com o valor do contrato sem o IVA.