Furtou um carro em Vieira do Minho e fugiu, com a GNR no seu encalço durante 35 quilómetros, até ser apanhado em Braga, dentro de um centro comercial. Germano da Cruz Alves, de 53 anos, de Bragança, vai, agora, ser julgado no Tribunal de Braga.
Em outubro de 2019, o arguido viu um Citroen ZX estacionado na Avenida Barjona de Freitas em Vieira do Minho, mas com a chave na ignição e a porta destrancada. Entrou, arrancou e fugiu em direção a Braga, tendo sido intercetado em Rendufinho, Póvoa de Lanhoso, por uma patrulha da GNR que, de sirenes ligadas e pelo megafone, lhe deu ordem de paragem. Apesar disso, e guiando a 80 quilómetros por hora, deu uma guinada e ultrapassou o jipe.
A certa altura, começou, deliberadamente, a entrar na faixa de rodagem contrária, com a cabeça de fora e aos gritos, dizendo que se ia matar, o que forçava os outros automóveis a ter de estancar ou a desviar-se para a berma. À entrada de Braga, na via rápida, uma outra patrulha da GNR colocou-se na via para o fazer parar, o que não surtiu efeito, dado que o Germano apontou o carro ao guarda que fazia o sinal, obrigando-o a saltar para a outra faixa, para não ser atropelado.
A perseguição continuou e o fugitivo, que ultrapassava sinais vermelhos e linhas contínuas, embateu noutro automóvel na Rua Nova de Santa Cruz. Aí, abandonou o Citroen – que valia 1.500 euros – e entrou a correr no centro comercial Braga Parque, onde foi apanhado. Está acusado de furto, condução sem carta e perigosa e resistência e coação sobre funcionário.
No inquérito consta um relatório da Clínica de Psiquiatria da prisão de Santa Cruz do Bispo, onde se diz que sofre de “transtornos mentais”, devido ao uso de drogas.