Os funcionários da Escola Secundária Alcaides de Faria, em Barcelos, vão protestar, na sexta-feira, contra a “gritante” falta de pessoal não docente, que obriga cada um deles “a trabalhar por dois”, disse esta quinta-feira fonte sindical.
Em declarações à Lusa, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) Helena Peixoto disse que este será já o terceiro protesto do género registado naquela escola em 2019.
“Para trabalhadores que ganham 635 euros por mês, três dias de greve mexem, naturalmente, muito com os seus orçamentos familiares, mas isto é bem revelador do grau de exaustão a que eles chegaram. São obrigados, sistematicamente, a trabalhar por dois”, sublinhou a sindicalista.
Segundo Helena Peixoto, a escola conta, atualmente, com “22 ou 23” funcionários, quando, de acordo com os rácios definidos por portaria, deveria ter 25.
No entanto, dois daqueles funcionários estão de baixa prolongada e outros dois vão sair para aposentação “muito em breve”.
“No mínimo dos mínimos, que venham os 25 previstos na portaria, embora consideremos que 30 seria o número ideal para a escola funcionar como deve ser”, acrescentou.
Na sexta-feira, dia de receção aos alunos para um novo ano letivo, os funcionários vão fazer greve entre as 07:30 e as 11:00.
No último ano letivo, registaram-se greves do género em março e abril.
“São greves que deixam fortes marcas nos bolsos dos trabalhadores, mas essas marcas não se comparam às que resultam de um estado de perfeita exaustão”, disse ainda Helena Peixoto.
A Lusa tentou ouvir a direção da escola, mas não foi possível até ao momento.