Um abaixo-assinado, subscrito por cerca de uma centena de funcionários da Câmara de Viana do Castelo, foi entregue por um dirigente sindical ao executivo a exigir a remoção de amianto nos pavilhões municipais da Praia Norte.
O documento foi entregue por João Correia, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e trabalhador daquela autarquia, a todos os membros do executivo municipal, no período aberto ao público da reunião camarária.
“Considerando as diretivas europeias atualmente em vigor e tendo em atenção que já nos cadernos reivindicativos apresentados em anos anteriores pelo STAL se reivindicava a remoção /substituição das coberturas dos pavilhões municipais da Praia Norte e até hoje nada foi feito, com exceção do pavilhão dos serviços municipalizados, os trabalhadores abaixo-assinados exigem a remoção e substituição daquelas coberturas”, lê-se no documento.
No final da sessão camarária, em declarações aos jornalistas, João Correia explicou tratar-se do “segundo abaixo-assinado entregue ao executivo municipal onde consta uma cópia da ata da deliberação tomada de junho de 2016 para a contratação de um empréstimo de mais de 3,3 milhões de euros dos quais 200 mil euros se destinavam a substituir as coberturas de fibrocimento nos pavilhões municipais”.
O dirigente sindical e funcionário municipal adiantou que aquela intervenção é reclamada “há vários anos” e que “por várias vezes o STAL transmitiu ao executivo a preocupação dos funcionários que trabalham naqueles pavilhões, com mais de 20 anos de existência“.
“Esperamos que esta obra seja cumprida no mais curto prazo de tempo e que o senhor presidente cumpra os compromissos que assumiu, várias vezes, com os dirigentes sindicais. Dizia que era para o ano e já vamos entrar em 2018 e não vejo maneira disso se concretizar”, referiu.
Questionado pelos jornalistas, o presidente da Câmara, José Maria Costa, afirmou que aquela intervenção “será lançada este ano”, adiantando que o executivo “optou por priorizar a remoção do amianto existente em todos os jardins-de-infância e escolas do concelho”.
Em agosto de 2015 a autarquia da capital do Alto Minho anunciou a remoção de mais de oito mil metros quadrados de fibrocimento das coberturas de 13 escolas do primeiro ciclo e pré-escolar, num investimento de cerca de meio milhão de euros.