Freguesia de Braga deixa crescer vegetação espontânea para proteger insetos polinizadores

Biodiversidade
Freguesia de braga deixa crescer vegetação espontânea para proteger insetos polinizadores

A freguesia de Espinho vai passar a ter vegetação espontânea nas bermas das ruas, canteiros e jardins para proteger os insetos polinizadores,como é o caso das abelhas, vespas, besouros e borboletas.

A decisão é da Junta de Freguesia, considerando-a como uma nova forma de aumentar a biodiversidade, que se junta a outra já tomada (e anunciada) no passado mês, com a proibição de utilização de glifosato (herbicida) nos espaços públicos.

A autarquia considera que a “vegetação silvestre espontânea” pode ser “desagradável à vista ou ‘inútil’”, mas recorda que “é fundamental para a vida selvagem, nomeadamente para os insetos polinizadores”. Considera também que, destes animais, depende toda a vida na Terra.

“Espinho quer dar o seu contributo para travar o declínio dos insectos polinizadores, causado pela pressão das atividades humanas e perda de habitat selvagem”, pode ler-se numa publicação da autarquia realizada nas redes sociais. “RUAS SUJAS E ABANDONADAS? NÃO. Isto não é sujidade. ISTO É NATUREZA”, encabeça a nota da Junta.

“Todos temos de olhar pela nossa CASA, O PLANETA TERRA”, finaliza.

A publicação parece ter sido bem recebida pela ‘internet’, com milhares de partilhas, reações e comentários, estes em grande maioria com um tom de elogio.

De acordo com a organização ambiental e animal WWF, os habitats dos polinizadores estão a ser destruídos e estes, em cerca de 90%, vão manter-se no mesmo ecossistema, o que pode levar à sua morte.

Em março, em ocasião do Dia Mundial da Floresta, o partido ecologista “Os Verdes” apresentou na Assembleia da República uma proposta de um projeto lei onde é pedida “uma estratégia nacional e um manual de boas práticas” para evitar a falta de manutenção de árvores e outra vegetação em meios urbanos.

No mesmo mês, apresentou um projeto de resolução a pedir medidas para a preservação e conservação dos polinizadores e dos seus habitats em território nacional, pela “vital importância para os ecossistemas, para a agricultura e sistema alimentar”.

Em Portugal, lê-se no texto apresentado por aquele partido, há “milhares de espécies de insetos polinizadores, entre abelhas, abelhões, vespas, moscas-das-flores, borboletas, traças, coleópteros e formigas”, devendo o Governo ajudar a preservar “os habitats favoráveis à conservação dos polinizadores”.

 
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