Famalicão, Guimarães e Viana do Castelo estão entre os dez municípios portugueses com maior aumento de receita proveniente do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) durante o ano de 2022.
Segundo o recentemente divulgado Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, estas três autarquias minhotas estão entre as 102 do país que conheceram uma maior coleta de IMI, com aumentos de quase meio milhão de euros para cada uma das três Câmaras.
Famalicão é o município minhoto com maior aumento e o quarto do país. Entre 2021 e 2022, a autarquia liderada pelo social-democrata Mário Passos cobrou mais 658.473 euros, subindo de 15,3 milhões arrecadados para 16,03 milhões. Este aumento acontece depois de um decréscimo no ano anterior, de cerca de 200 mil euros, quando o presidente era Paulo Cunha (PSD/CDS). 2022 é o ano em que Famalicão mais recebeu em IMI, mais quatro milhões do que, por exemplo, em 2012, o ano em que menos recebeu, ainda no mandato 2010-2013, quando o presidente da Câmara era Armindo Costa (PSD/CDS).
Em oitavo da lista nacional dos municípios que aumentaram a receita de IMI surge Guimarães. A autarquia liderada desde 2013 pelo socialista Domingos Bragança arrecadou mais 488 mil euros em IMI durante o ano de 2022, com um total de 19 milhões, comparando com os 18,55 milhões de 2021. Refira-se que, mesmo assim, este foi um ano com menos impostos arrecadados em Guimarães, comparando com anos como 2015 ou 2016. Note-se, também, que entre 2020 e 2021, a autarquia tinha reduzido a cobrança em cerca de um milhão de euros.
A fechar o top-10 nacional surge o terceiro município minhoto – Viana do Castelo – com um aumento de 428 mil euros de IMI arrecadado durante o ano de 2022, ano em que foram cobrados 12,6 milhões de euros em IMI. Este foi o ano em que Viana do Castelo conheceu maior receita com o imposto municipal das habitações.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses é realizado no Minho, através do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e do Centro de Investigação em Ciência Política da Universidade do Minho. Conta com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e do Tribunal de Contas.