Este convento do século XVII em Guimarães vai ser transformado numa escola de ourivesaria

Investimento de 5,3 milhões de euros
Foto: DR

O município de Guimarães aprovou hoje a proposta para transformar o antigo Convento Santa Rosa Lima num Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria – CINDOR, num investimento global de 5,3 milhões de euros.

A proposta, aprovada por unanimidade durante a reunião do executivo camarário, refere que a autarquia “será responsável por financiar o valor do projeto de arquitetura e especialidades para a ampliação e reabilitação do edifício [devoluto], bem como pelas respetivas obras de reabilitação e arranjos exteriores”, num montante estimado em cerca de 3,1 milhões de euros.

Ao CINDOR compete o pagamento de cerca de 2,3 milhões de euros, relativos às obras de ampliação do imóvel, financiamento obtido através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“A reabilitação e adaptação do Convento Santa Rosa de Lima para a instalação do CINDOR representará um passo significativo no fortalecimento e inovação do setor da joalharia em Guimarães, contribuindo para a qualificação dos recursos humanos, modernização da indústria e aumento da competitividade internacional”, justifica a autarquia.

O município de Guimarães é proprietário do Convento Santa Rosa de Lima, “imóvel de elevado valor patrimonial histórico, datado do século XVII e inserido em área classificada como Património Mundial da UNESCO, no Centro Histórico de Guimarães e Zona de Couros”.

A proposta prevê que o imóvel seja disponibilizado ao CINDOR através de um contrato de comodato por 50 anos, renovável por períodos de 10 anos.

“Joalharia portuguesa atravessa fase de renovação e crescimento”

“A joalharia portuguesa, um dos setores mais tradicionais de Portugal, atravessa uma fase de renovação e crescimento. A conjugação do saber fazer e do talento dos artesãos com a aposta na qualificação, no design, na tecnologia e na inovação tem impulsionado a vocação exportadora do setor. Atualmente, esta área de atividade regista uma franca expansão, com o aumento significativo do comércio online de produtos de ourivesaria e do crescimento internacional”, lê-se na proposta.

Nesse sentido, acrescenta a Câmara de Guimarães, “é importante apoiar o setor na sua trajetória de posicionamento e afirmação internacional, dotando as empresas de ferramentas que aumentem a sua competitividade”.

“Guimarães congrega um importante núcleo produtivo e criativo de ourivesaria e joalharia, composto por um grupo significativo de empresas dinâmicas, inovadoras, altamente tecnológicas e com forte vocação exportadora. Este dinamismo e competitividade territorial têm vindo a crescer de forma consistente, com empresas industrialmente especializadas que empregam número elevado de trabalhadores e são responsáveis por um volume de exportações bastante expressivo”, salienta o município.

A câmara sustenta também que “a procura por recursos humanos especializados nesta área tem aumentado, tanto devido ao crescimento das empresas de joalharia na região, que têm aumentando significativamente o número de exportações, quanto pela atração de grandes grupos internacionais que pretendem instalar unidades fabris de grandes dimensões no Norte de Portugal”.

“Esta pressão crescente sobre a necessidade de mão de obra especializada torna iminente a criação de uma oferta formativa em Guimarães que permita responder de forma personalizada e imediata às necessidades do setor”, frisa o município.

 
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