Ponte de Lima vai voltar a viver as Feiras Novas como manda a tradição – ruas cheias e muita animação ao longo de vários dias, em torno do segundo fim-de-semana de setembro, que este ano calha entre 09 e 12 de setembro. O vereador Gonçalo Rodrigues, responsável pelas festas, anunciou que este ano a última grande romaria do distrito de Viana do Castelo já será feita nos moldes tradicionais, embora com alguns “cortes” e “limitações”.
Numa grande entrevista concedida ao semanário Alto Minho, o responsável começa por admitir que existiram “erros no passado” em relação às questões financeiras das Feiras Novas, mas que esta nova direção, que também conta com elementos da anterior, está a “dar seguimento ao trabalho que foi feito nos últimos mandatos” para reequilibrar as contas.
Questionado pelo jornal sobre se a edição deste ano das Feiras Novas já será feita nos moldes tradicionais, pré-pandemia, o vereador diz que sim, “mesmo com alguns cortes e com algumas limitações”.
Explica que está já focado nas festas de este ano, considerando necessária criar uma praça que seja destinada apenas a produtos regionais. Também pretende atrair os jovens mais para as questões ligadas ao património e à cultura, e não só a um certo tipo de atividades.
“Temos que tentar fazer com que a saúde financeira da Associação Concelhia das Feiras Novas nos permita estar descansados e ter margem para fazer alguns investimentos”, como tornar as festas mais sustentáveis do ponto de vista ambiental.
“O que acontece é que as pessoas têm ideia que esta festa dá uma receita brutal (…) vão ter que ser umas festas mais contidas que as anteriores porque realmente a disponibilidade financeira é diferente”, alegou.
Assegura, no entanto, que a “qualidade das festas não irá diminuir”, embora a tenha chegado à conclusão que a “receita direta é do terrado”, mas que esse lucro é “todo absorvido pelos impostos”.
“Estamos a analisar para tentar dar uma resposta efetiva porque também entendemos que pode libertar mais verbas no futuro”, disse, adiantando que estão a ser analisados “todos os cenários que permitam reduzir a carga fiscal”, entre elas a constituição de uma associação profissional e a angariação de “patrocinadores fortes”.