“Estávamos a correr muito atrás da bola”

João Pedro Sousa

Declarações dos treinadores do Famalicão e do Rio Ave no final do encontro da 17.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que se realizou em Vila Nova de Famalicão:

– João Pedro Sousa (treinador do Famalicão): “Foi um início de jogo difícil. Não conseguimos desbloquear o nosso jogo e sentimos dificuldades essencialmente para recuperarmos a bola nas zonas que gostamos. Tivemos problemas na pressão e dificuldades em recuperar posição. O Rio Ave criou-nos problemas, obrigou-nos a correr muito à largura. Ainda assim, permitimos muito pouco no último terço. Houve só um remate que o Júnior defendeu e pouco mais. Mas estávamos desconfortáveis porque estávamos a correr muito atrás da bola.

Ao intervalo mudámos a forma como estávamos a pressionar. O Ivo juntou-se ao Cádiz na pressão e passámos a pressionar mais na frente. Criámos problemas ao Rio Ave. Depois, com bola, ajustámos um ou outro posicionamento dos nossos laterais e encontrámos o nosso jogo. Fomos mais agressivos com e sem bola, chegámos mais rápido a zonas de finalização quer em ataque posicional quer em ataque rápido. Criámos várias situações para chegar ao golo na segunda parte, mas infelizmente não concretizámos.

Tivemos ainda o penálti, mas não fomos competentes para colocar a bola na baliza. Apesar de termos tido mais oportunidades, não posso deixar de aceitar o resultado.

Claro que queríamos fazer mais. Queríamos ter esta capacidade mais cedo. Olhando para o presente, estamos convictos de que vamos fazer uma segunda volta bem melhor e que vamos somar mais pontos. Empatámos com o Rio Ave e foi a primeira vez em casa desde que cá estou que não marcámos. Foi também o segundo jogo em que não fizemos golo para a Liga. Continuamos confiantes de que o nosso jogo vai trazer vitórias. Vamos ganhar mais vezes e somar mais pontos do que na primeira volta”.

– Luís Freire (treinador do Rio Ave): “Quero começar por agradecer o apoio dos adeptos. Fizeram-se ouvir constantemente e foram importantes para nós. Queríamos dar-lhes os três pontos, mas ficou um. Acima de tudo, ficou uma grande primeira parte da minha equipa a ligar bem, a chegar com critério, a dominar a primeira parte inteira e a criar oportunidades. Faltou o golo para ser a melhor primeira parte da primeira volta.

Faltou o golo, mas ligámos muito bem. Quebrámos a pressão do Famalicão e chegámos à área adversária. Não é fácil fazer isso. Na segunda parte o adversário viu o que fizemos e subiu a pressão. O jogo ficou mais partido e o Famalicão teve mais oportunidades porque recuperou alto a bola e saiu em contra-ataque.

Ao longo do tempo corrigimos e decidimos prender mais os laterais deles com a entrada do Hernâni. Dessa forma, o Moura ficou sem hipóteses de criar superioridade nesse lado e o jogo ficou equilibrado. O Famalicão esteve por cima durante 25 minutos da segunda parte, mas nos últimos 15 minutos esteve tudo mais equilibrado com oportunidades cá e lá. Acho que a grande penalidade penalizava o Rio Ave.

O jogo merecia golos pelo que as equipas jogaram e criaram.

Se ganhássemos, não estava mal ganho, mas o Famalicão também criou oportunidades e teve um penálti. Foi um jogo muito bem jogado. Fico satisfeito pela resposta dos jogadores e honrado por ser treinador deles”.

 
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