O empresário luso-francês, Artur Brás, que se diz burlado em 1,5 milhões de euros, por cinco pessoas da zona de Braga reafirmou, na segunda-feira, em Tribunal que acreditou na capacidade do grupo que lhe ia comprar a empresa em França por 75 milhões de euros.
“Disseram-me que o grupo IBA tinha fábricas e empresas na área da saúde e que até ia comprar a SAD do Vitória SC”, afirmou, dizendo que tal lhe foi transmitido pelo advogado Vítor C., arguido no processo, em quem confiava totalmente há 34 anos.
No início do julgamento, e conforme O MINHO noticiou, o jurista protestou a sua inocência e negou ter participado na alegada burla de 1,5 milhões de euros que lesou um casal de emigrantes de Vieira do Minho a viver em França.
“Fiz um contrato legal, em que eram dadas garantias que julguei serem credíveis, nada tendo a ver com o facto delas terem caído…Atuei no quadro das competências de um advogado, mas agora parece que sou um burlão”, afirmou.
Na semana passada, Artur Brás, que terminou o depoimento, reafirmou que, por confiar nele, passou um cheque de 1,5 milhões e aceitou os títulos de 500 milhões de dólares da Reserva Federal americana que lhe deram como garantia, mas que, “são falsos”, afirmou.
O Tribunal ouviu, ainda, duas testemunhas de acusação e propunha-se ouvir, a partir de França, por videoconferência de um notário que também acompanhou o caso, mas tal não foi possível por dificuldades de ligação.
O julgamento envolve outros três arguidos, dado que um quinto, tido como mentor da alegada burla, não compareceu.