Empresa de Braga supera meta do Governo e fixa salário mínimo nos 800 euros

Economia
Foto: O MINHO

Cinco empresas do Grupo Bernardo da Costa, de Braga, terão como salário mínimo, já a partir de janeiro de 2021, o valor de 800 euros, foi hoje anunciado. Em comunicado, a empresa salienta que este aumento, em altura de pandemia, supera a meta do Governo, que é de 750 euros em 2023, a qual, aliás, já havia sido antecipada pela companhia no último ano.

O salário mínimo de 800 euros será praticado nas empresas iBD Global, AVPro, Academia BC, BC Safety e Atouch Winwel.

O CEO do grupo, Ricardo Costa, disse à Lusa que de fora desta medida fica apenas a empresa BCInergia, que “foi muito afetada pela crise de 2009 a 2014 e este ano ainda não consegue praticar esse valor”.

“Estou certo de que em dois anos terá condições para estar a par das restantes empresas do grupo”, acrescentou.

Disse ainda que esta medida não abrange estagiários, mas sublinhou que quando os mesmos passam a colaboradores com contrato o seu salário é “imediatamente” fixado num mínimo de 800 euros.

O grupo conta com 86 colaboradores em Portugal, 14 dos quais na BCInergia.

Nesta empresa, ainda há quatro trabalhadores com um salário inferior ao agora anunciado.

O Grupo Bernardo da Costa salienta que “rapidamente percebeu que a compensação monetária é uma componente fundamental, porque não é apenas um número; é uma medida emocional que reflete o quanto um colaborador se sente valorizado dentro da organização”.

Segundo Ricardo Costa, CEO do Grupo Bernardo da Costa, citado no comunicado enviado a O MINHO, esta política empresarial não é nova e “reflete o nosso posicionamento face ao mercado de trabalho, captação e retenção de talento”.

Empresa de Braga antecipa-se e fixa salário mínimo nos 750 euros já em 2020

“Pretendemos uma equipa jovem, altamente qualificada e motivada e não conseguimos isso com salários baixos. É nossa obrigação, enquanto gestores, garantir um nível de vida familiar digno a todos os nossos colaboradores. Temos consciência do momento complicado que o país atravessa em consequência da Pandemia que nos afetou. Mas também sabemos que é cada vez mais importante que as pessoas tenham um salário que lhes permita ter uma vida digna”, acrescenta.

Ricardo Costa adianta ainda que “a progressão na carreira é outra das preocupações em todas as empresas do Grupo Bernardo da Costa”.

“Acredito que uma equipa ambiciosa é o motor principal das grandes organizações e por esse motivo também não descuramos este ponto na carreira profissional de cada pessoa que trabalha connosco. Teremos também novidades em breve no que se refere ao nosso Departamento da Felicidade, que mesmo em Pandemia continuou a trabalhar para proporcionar as melhores condições, bem-estar e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional a todas as pessoas que trabalham connosco”, salienta o responsável.

Sobre o Grupo Bernardo da Costa

O Grupo Bernardo da Costa está presente no mercado desde 1957, tendo iniciado a sua atividade focada no core business de instalações elétricas de apoio à construção civil. Em 2004 é criada a empresa “Bernardo da Costa – Comércio de Equipamentos de Segurança, Lda.” – que hoje possuí a designação “iBD Global”.

O Grupo está presente nos cinco continentes, trabalhando na distribuição de equipamentos de Segurança Eletrónica, controlo de acessos, CCTV, domótica, áudio e vídeo Profissional, equipamentos de proteção individual, instalações elétricas, formação, construção civil, com tendência a diversificar, ainda mais, as áreas de negócio em que atua. O Grupo Bernardo da Costa tem um total de 194 colaboradores, 86 em Portugal e 108 nas empresas espalhadas pelo mundo.

 
Total
0
Partilhas
Artigos Relacionados
x