Em Barcelos, o porta-voz do Livre acusou a direita de “estar a cantar de galo” e “contar com o ovo antes de ser posto”, mas advertiu-a que ainda pode ficar com um “grande galo” após as eleições de 18 de maio.
Por Barcelos o que há mais são galos, dos vivos como Rui Tavares viu à venda na feira que visitou hoje de manhã, dos de barro, dos de pedra e dos de tecido e, depois, há os que em sentido figurado vão tendo grandes galos e a pergunta foi imediata: “O que seria um grande galo para o Livre?”.
“Um grande galo seria diminuir a representação parlamentar e ter um grupo parlamentar que fosse menor do que aquele que temos agora, porque temos trabalhado para que as pessoas respeitem o nosso trabalho, para que possamos crescer e porque queremos dar respostas ao país”, afirmou o dirigente do Livre.
E, para dar respostas às pessoas, o Livre quer eleger deputados em distritos onde ainda não elegeu como são os casos de Braga, Aveiro e Leiria.
Nos restantes distritos onde tem representação, nomeadamente em Lisboa, Porto e Setúbal, Rui Tavares quer ter mais.
E, se isso acontecer, será uma “grande alegria” que é como quem diz, em matéria de galos, uma espécie de “cantar de galo”.
Sobre quantos mais deputados, Rui Tavares voltou, como o tem feito desde o primeiro dia, a não avançar com números, alegando que não dá sorte.
“Vocês estão a tentar que eu tenha uma meta e eu não vou traçar essa meta porque dá azar, mas tenho uma na minha cabeça”, confidenciou.
E, de seguida, lançou o desafio: “Se fizerem as contas chegam lá”.
O Livre quer ter uma bancada de diferentes sotaques e fazer “um coro bonito”, apontou.
Mas, sobre cantar, Maria do Ceú, a vender frutas e legumes, pediu cuidado para não andarem a “ralhar uns com os outros” no parlamento.
“Aquilo, às vezes, parece uma capoeira e isso entristece-nos”, concordou Rui Tavares.
A dona Alzira, que reclamou do presidente da junta de freguesia enquanto deixou uma compradora de ovos à espera, comentou que, por vezes, os deputados parecem “rapazinhos a dizer mal uns dos outros”.
“Eu não gosto de ver coisas tortas”, assumiu.
Já sobre quem vai cantar de galo que é, como quem diz, cantar vitória na noite de 18 de maio, Rui Tavares recusou fazer apostas porque esse dia ainda está longe.
“Ainda há uma semana e tanto de persuasão das pessoas, de ouvir as pessoas e de aprender com as pessoas”, frisou.
E, até lá, o Livre vai cantar o melhor que sabe e pode para mostrar aos eleitores que um voto no Livre é um voto no progresso e liberdade, salientou Rui Tavares.
E é por ainda faltarem 10 dias para as eleições legislativas que o porta-voz do Livre criticou a direita por “já estar a cantar de galo”, ou seja, a apregoar a vitória.
“A direita não pode contar com o ovo antes do ovo ser posto”, advertiu o dirigente do Livre.