As eleições internas no PS de Braga, marcadas para este sábado, estão envoltas em polémica. Um dos candidatos, Jorge Faria vai concorrer sob protesto e promete pôr o assunto ao Conselho Jurisdicional. Em sua opinião, manifestada esta quinta-feira em conferência de imprensa, a lista do seu opositor, a B, do atual presidente da secção concelhia, Artur Feio, não podia ter sido aceite pela mesa eleitoral, dado que foi entregue sem a moção política. Em violação do regulamento.
Na ocasião, Faria criticou, também, a lista opositora por ter pago, pelo menos, 300 quotas a militantes, falseando, assim, ainda que legalmente, o resultado eleitoral. Quando o processo eleitoral se iniciou havia 140 militantes com as quotas pagas e agora há 660, notou.
No ato estiveram presentes o antigo deputado à Assembleia da República, António Braga, e os ex-dirigentes Maria do Carmo Antunes (mandatária), o padre Sousa Fernandes, e, entre outros, os militantes Luís Cerqueira e Susana Leite.
Na véspera, e ao que O MINHO soube, em reunião de apoiantes, a lista de Artur Feio foi criticada por incluir quatro ex-autarcas que estão a braços com a justiça, no julgamento do caso das Convertidas, a saber: Mesquita Machado, ex-presidente da Câmara (o último do elenco de candidatos, o 61.º) e as ex-vereadoras Palmira Maciel, Ilda Carneiro e Ana Paula Morais. Alguns dos militantes sustentaram que a regra em vigor no partido é a de “não candidatar militantes que estejam acusados em processos judiciais”, norma que vigorou, por ordem de António Costa, nas listas para as legislativas e para as autárquicas, e que – defendem – deveria ser aplicada, por maioria de razão, nas «internas». Apesar disso, a lista de Jorge Faria entendeu não abordar publicamente o tema, dado que a norma “não está escrita” e, também, para evitar o aprofundamento das divisões internas.
Contactado a propósito, o candidato da Lista B escusou-se a comentar as críticas.