Alto Minho
Eixo Atlântico pode sair de entidade luso-galaica por não ter “voz e atenção”
O novo presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, afirmou hoje, em Viana do Castelo, que a associação transfronteiriça pode deixar de integrar a Comunidade de Trabalho Galiza/Norte de Portugal, por “não ter a voz e atenção que merece”.
“O Eixo Atlântico é membro pleno dessa comissão mas tem, de facto, sentido que não é um membro ativo. Parece não ser uma voz que quer ser escutada pelos demais representantes e, nesse sentido, estamos a equacionar se tem razão de ser, pertencer a essa comissão”, afirmou o também autarca de Braga, Ricardo Rio, hoje eleito presidente daquela estrutura.
O responsável, que falava aos jornalistas no final de uma reunião da comissão executiva do Eixo Atlântico, adiantou que o assunto vai ser “avaliada em futuras” reuniões, mas, decidiu hoje “expressar publicamente, a séria apreensão pela forma como esses trabalhos têm vindo a ser desenvolvidos”.
Até agora vice-presidente do Eixo Atlântico, Rio adiantou que a associação transfronteiriça, que reúne as 38 maiores cidades do Norte de Portugal e da Galiza integra, “por mérito próprio”, a Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal.
“Ao longo dos anos demos um contributo para uma visão estratégica deste território, ajudámos a formatar um modelo de desenvolvimento para esta região, e obviamente queremos continuar a dar esse contributo”, disse.
Lembrou que o Eixo representa, “através das Câmaras Municipais, boa parte do território dessa comunidade” para justificar ” a voz e atenção” que reclama.
Além de Ricardo Rio foi ainda eleito o vice-presidente da estrutura, o ‘alcaide’ de Barco de Valdeorras, em Ourense. As mudanças na liderança da associação prendem-se com os resultados das eleições autárquicas espanholas que não reconduziram o ‘alcaide’ de A Corunha, Carlos Negreira, até agora presidente do Eixo Atlântico.
Rio anunciou ainda que está a ser elaborado um relatório preliminar com vista à apresentação, “no mais curto prazo de tempo possível”, de uma candidatura do Caminho Português a Santiago de Compostela a Património Imaterial da Humanidade.
Adiantou que o projeto já foi apresentado ao Turismo de Portugal, à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), ao governo português, e à Junta da Galiza.
“De todos recebemos um grande compromisso. Esse foi também um alento para nós, neste momento, decidirmos avançar com uma candidatura desse caminho português à Unesco”.
A comissão executiva decidiu ainda “reforçar o apoio” à campanha “Zero Roaming” para levar o Parlamento Europeu a eliminação das tarifas de ‘roaming’ a partir de dezembro.
“É uma preocupação de todos os europeus, em particular dos que vivem em territórios de fronteira, e que são, por via acidental, os que acabam por sofrer com os custos económicos desta tarifa”, sustentou.
A comissão executiva reuniu, de manhã, a bordo do navio Gil Eannes, e à tarde inaugura, também em Viana do Castelo, a Expocidades- Mostra de Turismo das Cidades do Eixo Atlântico.
Em homenagem aos 25 anos de cooperação transfronteiriça entre o Norte de Portugal e a Galiza, a Câmara de Viana do Castelo, cidade onde nasceu a associação transfronteiriça, inaugurou uma nova praça na cidade, onde está a partir de agora instalada uma escultura de Xose Luís Otero, artista plástico galego.
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