Declarações no final do encontro Farense-Famalicão (3-3), da quarta ronda da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Algarve:
– João Pedro Sousa (treinador do Famalicão): “Foi um jogo difícil, duro para nós.
Foi uma primeira parte muito complicada, com problemas que o Farense nos causou, mas também com problemas que impusemos a nós próprios, mostrando extremas dificuldades nos lances de bola parada. Uma equipa profissional não pode permitir que o adversário nos cause tanto dano. Fizeram dois golos e podiam ter feito mais. Não conseguimos dar resposta.
Mudámos ao intervalo três jogadores e retificámos alguns posicionamentos. Fomos mais rápidos, pressionantes e concentrados e acreditámos que o nosso jogo podia dar a volta ao resultado.
Virámos para 3-2, mas não conseguimos controlar o jogo. Não gerimos bem o jogo e, num lance rápido, nasceu uma situação de contra-ataque que resultou no 3-3.
Não podemos permitir que o adversário cause tanto dano em meros cantos, mas também é um castigo demasiado severo perder a vitória nos últimos segundos do jogo, num lance que nada fazia prever. O futebol é assim mesmo e o resultado acaba por ser justo. Foi um bom jogo de futebol”.
– Sérgio Vieira (treinador do Farense): “É um resultado que penaliza muito o momento que atravessamos. Em termos emocionais, o facto de querermos os três pontos mexeu emocionalmente com a equipa quando estava a ganhar 2-0. Em termos mentais, preferimos abdicar de ter o controlo do jogo. Temos capacidade para isso, mas o momento que atravessamos fez com que não fôssemos tão audazes.
Acaba por ser um resultado injusto. Face àquilo que conseguimos em relação a oportunidades, mesmo depois de termos sofrido o primeiro golo – tivemos várias oportunidades para dilatar o resultado -, temos de nos agarrar a este ponto e olhar para o futuro.
Foi muito demérito nosso termos perdido três pontos. Por termos abdicado do controlo e não termos matado o jogo com o 3-1. São falhas nossas que nos penalizam. Queríamos levar os três pontos e não só somar oportunidades perigosas.
O ponto conquistado foi de forma convincente. Precisávamos de pontuar e chegámos rapidamente à vantagem por questões estratégicas que preparámos com a análise do adversário, através de movimentações nossas e das bolas paradas.
Estrategicamente, fomos perfeitos e organizados. Mas somos penalizados pela nossa própria atitude de não mantermos a nossa identidade. Face ao momento e à posição da equipa na tabela, percebo que isso pode acontecer, mas temos de trabalhar mais para evitar isso”.