Dono do “camião do fraque” vai recorrer da condenação por injúrias a “O Feliz”

O empreiteiro bracarense Domingos Correia, que é conhecido como dono do “camião do fraque”, vai recorrer da condenação que lhe foi aplicada esta sexta-feira à tarde, em Braga, por alegados crimes de injúrias ao empresário António Feliz e à metalomecânica “Feliz”.

Domingos Ferreira Correia, que ontem não assistiu à leitura da sentença condenatória, por estar a trabalhar no Algarve, foi condenado, em cúmulo jurídico na pena de 120 dias de multa, à taxa diária de oito euros, no valor global de 960 euros, bem como a indemnizar em 750 euros António Feliz e em mais 750 euros a empresa metalomecânica “Feliz, SA”.

Segundo fontes ligadas a Domingos Correia, este empreiteiro não se terá conformado com a pena por crime de injúria a António Feliz e ofensa à empresa administrada pelo mesmo, daí o recurso a apresentar, para o Tribunal da Relação de Guimarães, apurou O MINHO.

No final do julgamento, realizado há duas semanas, no Juiz Criminal 2 de Braga, perante a juíza Maria do Rosário Lourenço, o Ministério Público tinha pedido a condenação para o empreiteiro Domingos Correia, mais conhecido por “dono do camião do fraque” quando andava atrás do presidente do Sporting de Braga, António Salvador, com uma betoneira e uma carrinha, mas foi judicialmente impedido de continuar a utilizar esses métodos, que terão sido inspirados no conceito de “cobranças difíceis subtis”, tipo “Senhor do Fraque”.

Domingos Correia, de 41 anos, desmentiu no julgamento ter proferido a expressão “vós estais habituados a roubar”, alegadamente dirigida a António Feliz, o administrador da metalomecânica Feliz, devido a desinteligências relacionadas com negócios entre ambos.

A hipótese de um acordo gorou-se, porque Domingos Correia recusou pedir desculpa ao então seu amigo, pelo teor do telefonema realizado em 26 de novembro de 2015, já que segundo a versão do arguido, “eu nada lhe disse que justifique um pedido de desculpas”, negando tais palavras, mas “somente disse que iria tratar do caso nas instâncias próprias”.

Segundo Domingos Correia, “ele não construiu um pórtico em Vila Franca de Xira que lhe paguei antecipadamente e tive de custear duas vezes para outros o fazerem”, enquanto António Feliz diz que a razão do telefonema foi para “pedir-me uma redução do preço”, admitindo que o assunto do pórtico foi tratado, mas num telefonema anterior quando se encontrava na Argélia e ficou de devolver a chamada, o que não fez por “esquecimento”.

 
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