O canal intercetor de proteção e gestão de riscos, cheias e inundações da cidade de Esposende, obra que ultrapassou os 5 milhões de euros e que ocupa uma extensão de 4,5 quilómetros, inaugurado em janeiro deste ano, tem ajudado a evitar cheias nas zonas habitualmente crónicas da cidade, adiantou o presidente da Câmara de Esposende.
Para Benjamim Pereira, “quanto à cidade, está bem patente e comprovada a eficácia do canal intercetor, eliminando por completo os problemas criados pelas linhas de água que entravam na zona da cidade”.
Nas redes sociais, o autarca destacou outros pontos não servidos pelo canal, com “alguns episódios de cheia com inundação da zona da margem sul, nomeadamente em Fão entre outros locais do concelho”, que associou à “intensa precipitação aliada às marés e às descargas da barragem da Caniçada”.
Dessa forma, o autarca concluiu que “valeu o esforço financeiro, a demora e os conflitos gerados nos processos expropriativos ” e “valeu a pena ter a coragem de ignorar as críticas e a ridicularização por parte de alguns”.
Paralelamente ao canal, estende-se um circuito de visitação e prática desportiva que entronca na Ecovia do Litoral Norte e, futuramente, no parque da cidade, proporcionando novas opções de mobilidade suave.
Ao longo dos 4,5 quilómetros, este arrojado projeto conta com diversos sensores de monitorização do caudal que, em tempo real, permitem o recurso a pontos alternativos de escoamento das águas.
Foram ainda plantadas cerca de 30 mil plantações, entre árvores, estacarias e arbustos, além de serem adotados materiais de salvaguarda do património natural, nomeadamente da vida selvagem e dos habitats.
Em julho de 2019, o Ministério do Ambiente classificou a cidade de Esposende como “zona crítica”, no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de Inundação.
O projeto foi financiado pelo Fundo de Coesão ao abrigo do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.