A Cruz Vermelha de Braga vai lançar uma campanha para angariar fundos para “melhorar as condições” do Centro de Alojamento Temporário (CAT) e “combater os estereótipos negativos” existentes sobre os sem-abrigo.
Hoje, em conferência de imprensa, aquela instituição adiantou que a campanha, “Uma Casa para as pessoas em situação Sem-Abrigo”, arranca sábado com uma ação de marketing no centro da cidade para “fazer um apelo” à compra de uma casa em tamanho pequeno, com o custo de dois euros, que depois estarão também à venda nas lojas de Instituições Particulares Solidariedade Social de Braga.
O objetivo é vender as mais de 10 mil casas disponíveis até ao final da campanha, dia 27, para aplicar no CAT, que tem mais de 20 anos e “graves problemas estruturais”, que acolhe, atualmente, 47 pessoas e tem 15 estão em lista de espera.
Segundo explicou o presidente da delegação da Cruz Vermelha de Braga, Armando Osório, o CAT tem um défice de 40 mil euros, pelo que a contribuição em 80% dos custoso do Estado não é suficiente.
“As casas de banho, que sofrem uma utilização intensiva, urgem de obras” além, apontou, “da cantina e o balneário social”, que são usados por mais de 50 pessoas diariamente.
Para a responsável da área da inovação e sustentabilidade institucional, Paula Fernandes, além da “falta de verbas há falta de realizarem projetos mais eficientes no combate à falta de habitação para sem-abrigo”.
A Crus Vermelha de Braga já desenvolve o projeto Housing First, que oferece casas às pessoas sem-teto, tendo, atualmente, já três pessoas sob a alçada do programa.
“É uma boa prática, recomendada internacionalmente, e nós já nos posicionamos tecnicamente junto da Segurança Social com uma candidatura para alargamento dessa área”, referiu.
A angariação de fundos pela Cruz Vermelha de Braga vai ainda incluir um espetáculo no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian e que vai unir pais e filhos em palco.