O primeiro-ministro pediu hoje aos empresários para começarem já a preparar as suas candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que não acreditem que este é um programa para a administração pública.
António Costa deixou este apelo na sessão de inauguração da 55ª Capital do Móvel – exposição de mobiliário de Paços de Ferreira que estará patente no Pavilhão Carlos Lopes, no Parque Eduardo VII, em Lisboa.
“Estamos num ponto de viragem, estão criadas as condições para os primeiros PRR serem aprovados ainda na presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (até junho) e esperamos que entre eles esteja o de Portugal. Isso significa que é altura de nos concentramos neste programa, de o estudar e preparar as candidaturas, porque vamos ter muitíssimo pouco tempo para executar o PRR”, advertiu o líder do executivo.
O primeiro-ministro aproveitou para fazer uma crítica indireta aos setores à direita do PS, que têm apontado um alegado excessivo peso da administração pública na execução PRR.
“Sei que têm ouvido dizer que é sobretudo a administração pública que terá de executar o PRR, mas espero que não acreditem nisso. Não fiquem parados”, apelou, contrapondo, depois, que este programa tem mesmo um conjunto de verbas “que não podem ser utilizadas pela administração pública”.
“Ou são utilizadas pelas empresas ou são perdidas. É mesmo tempo de nos deixarmos do debate da ficção e concentramo-nos na realidade. E a realidade é que o PRR pode ser um trampolim para um salto em frente”, avisou António Costa.