Declarações dos treinadores após o Vitória SC–Sporting (1-3), jogo da 27.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Guimarães:
Pepa (treinador do Vitória SC): “Em relação à expulsão, conto pelos dedos de uma mão as vezes em que fui expulso. Os amarelos existem. Saí da zona técnica, e o amarelo era justo. Lamento ter sido expulso, mas não posso fazer nada. Foi um jogo bem jogado. Entrámos bem na segunda parte. A primeira parte foi intensa e disputada, sem grandes oportunidades de golo.
Na segunda parte, entrámos muito bem, com oportunidades. A entrada do Pote [ao minuto 54] foi um momento-chave. O Sporting conseguiu ligar mais o jogo e ter ascendente. Depois do 2-1, procurámos tudo com cabeça, mas o golo contra a corrente do Marcus [Ewards] fechou o jogo. Quero dar os parabéns aos jogadores e aos adeptos por tudo o que fizeram.
Os pormenores fazem parte do jogo. Com a entrada do Pedro Gonçalves, o Matheus Nunes baixou e criou-nos dificuldades. A equipa teve personalidade e caráter. Depois, é preciso ter um controlo emocional grande, porque tivemos muitos amarelos muito cedo. O Fábio [Veríssimo] fez um bom jogo tecnicamente. É pena não termos evitado o segundo golo do Sporting, em que foi tudo muito bem jogado.
Não vencemos, mas fizemos de tudo para conseguir outro resultado. Faltou-nos conseguir mais a profundidade. O 3-1 é penalizador, mas os jogadores estão de parabéns. O Sporting esteve por cima 10 a 15 minutos. De resto, foi um jogo equilibrado.
Foi opção [o Quaresma ter ficado de fora].”
Rúben Amorim (treinador do Sporting): “Entrámos bem no jogo, com bastante posse. Quisemos chegar à linha com cruzamentos, a controlar as saídas do Vitória. Acabámos por sofrer um golo, sem que o Vitória o justificasse na altura. Depois, houve minutos de incerteza, mas voltámos a ser a equipa que costumámos ser e fizemos um golo de penálti.
Na segunda parte, não entrámos tão bem, mas tivemos depois um excelente período, em que encostámos o Vitória. O Pote [Pedro Gonçalves] ajudou nesse sentido. No fim, poderíamos ter tido mais bola, mas tivemos de defender. A paragem pelo que acontece na bancada não nos ajudou, mas o pontapé do Marcus [Edwards] fechou o jogo. Foi um triunfo importantíssimo. Fomos uns justos vencedores.
Nunca planeei as substituições de antemão. Temos uma ideia das dinâmicas que queremos implementar. O jogo vai-nos dizendo coisas e depois acertamos as substituições. Como o Alfa Semedo se juntou à linha defensiva do Vitória, tivemos muito espaço nas costas dos médios. Conseguimos ser melhores com o Pedro Gonçalves. Mas o próprio Slimani já teve impacto após entrar.
Precisamos que o FC Porto perca pontos [para ascender ao primeiro lugar]. A equipa acredita que é possível. Há muitos pontos em disputa. É sempre uma ‘montanha-russa’ de emoções. Temos a esperança de que os nossos adversários, Benfica e FC Porto, percam pontos. Ganhando os nossos jogos, temos sempre esperança até ao fim. Hoje, fomos mais completos do que em Moreira de Cónegos [triunfo sobre o Moreirense].
Temos uma responsabilidade muito maior do que vencer campeonatos. Temos de estar na luta. Só pode vencer um entre os três históricos do campeonato. Há motivação de jogar no Sporting, há competição interna entre os jogadores. Temos de ganhar e de, principalmente, estar nas decisões.
Sentia a equipa mais nervosa no ano passado [quando o Sporting foi campeão]. A equipa é mais adulta, tem mais posse de bola, ataca melhor. No ano passado, sabíamos defender muito bem, mas éramos uma equipa diferente. Neste ano, estamos atrás [do FC Porto]. O primeiro a ‘cair’ vai resolver o campeonato.
O [Pedro] Porro não estava a 100%. Quem não está a 100% no Sporting não joga. Joga outro. O Esgaio foi muito competente a defender e a atacar. E o segundo golo passou também pela temporização que fez.”