O grupo Casais, de Braga, vai erguer o MITH – Minho Innovation and Technology Hub, em Guimarães. Este é um espaço que pretende aliar “tecnologia, inovação e sustentabilidade num ambiente colaborativo”, que pretende ser um verdadeiro “Silicon Valley” de Portugal.
Localizado em Guimarães, município que participará na ,issão para as 100 cidades inteligentes e neutras em termos de clima até 2030, o edifício é desenvolvido com recurso ao modelo de construção híbrida.
Encontra-se nas imediações do polo da Universidade do Minho, onde estão as áreas de Engenharia e Arquitetura.
“A localização do MITH é privilegiada dada a proximidade ao Grande Porto e à Galiza (Espanha), para se tornar no centro nevrálgico do conhecimento e inovação em áreas como a engenharia, a sustentabilidade e a arquitetura – conceitos que estão cada vez mais interligados -, permitindo o aprofundamento e captação do interesse por parte de profissionais especializados tanto nestas áreas e que procurem sinergias não só com a academia, mas também com uma grande empresa, como é o Grupo Casais”, refere o Grupo Casais, em comunicado.
O Grupo Casais assinará, em conjunto com a Universidade do Minho, a Câmara Municipal de Guimarães, a TecMinho e o Sitio, um protocolo que visa o acesso a condições para empresas e projetos identificados cuja origem resulta da colaboração com uma ou mais destas três entidades signatárias do protocolo.
A autarquia, a Universidade do Minho e o Grupo Casais pretendem que este ‘hub’ seja “espaço de referência para o desenvolvimento tecnológico”.
Viver e trabalhar
O MITH apresenta duas componentes: trabalhar e viver. O ‘hub’ pretende promover um interface entre as empresas, a academia e os institutos inseridos neste ambiente, sendo, por isso, um local propício à instalação de start-ups e de empresas que pretendam dinamizar a relação com a investigação.
Poderá ser benéfica, neste ‘hub’, a instalação de projetos em curso, mas também de empresas que beneficiem da ligação com outras entidades que estão instaladas no local. O ponto essencial é que o conceito de cada empresa alojada no MITH terá de estar relacionado com inovação e tecnologia.
Para além da vertente de trabalho, a oferta residencial é também importante, com a criação de espaços no interior do MITH onde será possível habitar e usufruir deste ambiente, que pretende ser uma comunidade sustentável e onde serão criadas ciclovias e espaços a pensar no futuro e no desenvolvimento sustentável.
O Grupo Casais é pioneiro e uma referência na construção sustentável em Portugal. O modelo de construção híbrida, que se traduz na conjugação de madeira e betão, e assenta no sistema “CREE Buildings” É inovador no setor, estando a ser implementado pela Empresa em várias construções novas.
O MITH é um dos exemplos deste tipo inovador de construção que tem benefícios não só ao nível do tempo – é uma construção mais célere do que a exclusiva em betão –, mas também ambientais porque permite redução da pegada de carbono.
“Acreditamos que o setor da construção tem de ser mais sustentável. Por isso, estamos empenhados em demostrar o potencial deste tipo de construção. Mas também sabemos que temos de estar constantemente a inovar, a procurar melhorar e em busca de novas soluções, porque é também uma exigência do consumidor. Por isso, não só construímos este ‘hub’, como estamos aqui inseridos, com os nossos colaboradores a poderem trabalhar a partir daqui, mas também queremos aprender e encontrar talento nas mais diversas aéreas – engenharia, arquitetura, tecnologia, inteligência artificial – que nos permita continuar a desenvolver e a cumprir esta nossa missão”, afirma António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais.
O MITH é o “local privilegiado para empresas e empreendedores, que se instalem no espaço, usufruam de sinergias e troca de conhecimento”.
O Grupo Casais prevê ter naquele espaço os seus especialistas de BIM e outras tecnologias digitais relacionadas com o sector AEC (arquitetura, engenharia e construção), o que permitirá desenvolver um ecossistema de inovação e conhecimento.
A proximidade ao polo universitário é também uma “enorme mais-valia para a troca de experiências para os alunos, ou recém-licenciados, que optem por desenvolver as suas ideias neste espaço”.
‘Cowork’ para 200 postos de trabalho
O MITH vai contar com um espaço de ‘cowork’, o Sitio, uma marca de ‘cowork’ que se insere numa uma inovadora rede de espaços colaborativos do Portugal.
Presente em vários pontos do país e com mais de 20 espaços de ‘cowork’ e ‘coliving’, este será o primeiro espaço em Guimarães.
Este espaço de ‘cowork’ será também relevante para reforçar o ADN e das infraestruturas do MITH, contribuindo para a atratividade de uma comunidade de empreendedores, inovadores e start-ups.
Prevista para o final de outubro de 2023, o Sitio Guimarães terá cerca de 1.200 metros quadrados, 202 postos de trabalho e um SITIO Café, esta unidade vai erguer-se num megaempreendimento dedicado a “Work + Tech and Live”, com a assinatura do Grupo Casais.
O Sitio foi escolhido como parceiro estratégico na criação do primeiro espaço colaborativo num projeto “icónico que vai acolher a atual e a próxima geração de comunidades de inovação, startups e scale-ups que se queiram instalar junto ao meio académico de Guimarães, nomeadamente com a proximidade à Universidade do Minho”.