A Associação White Angels foi ilibada no caso das tarjas afixadas, há um ano, em dois locais de Guimarães, quando adeptos do Vitória SC já estavam contra a intenção de implementar o chamado cartão do adepto.
Em 09 de novembro de 2021 foram colocadas tarjas no Largo do Toural, zona histórica da cidade de Guimarães, bem como por cima de uma passagem aérea da Variante de Creixomil, com os dizeres “A bancada tem salvação, revoguem o cartão”.
A PSP elaborou um processo de contraordenação visando aquela associação de adeptos vimaranenses, uma vez que tinha as iniciais WA, que identificou como sendo da autoria da direção da White Angels, responsabilizando os seus dirigentes.
Notificada pela Câmara de Guimarães, a fim de dar a sua versão relativamente ao auto policial, a White Angels disse que a inicial WA não significa necessariamente ter sido a associação a colocar as tarjas, aliás, não o foi neste caso.
Para o arquivamento do processo foi decisiva a defesa apresentada pela associação, que através dos seus dois dirigentes explicou nada ter a ver com a colocação das tarjas e quando o faz é apenas e só dentro do Estádio do Vitória SC.
Em recente despacho, subscrito pelo vereador, Nélson Felgueiras, a Câmara de Guimarães, arquivou este caso, que foi iniciado com participação da PSP, responsabilizando a associação, que se defendeu através de dois responsáveis.
O advogado Pedro Miguel Carvalho, defensor da Associação White Angels, disse a O MINHO que “a Câmara de Guimarães, através do seu vereador, decidiu bem, mas deveria tirar ilações deste processo, alertando ainda a entidade autuante, a PSP, que não deveria inopinadamente levantar autos, devendo deixar de se preocupar com as tarjas e perceber que em Portugal há liberdade de expressão e que tal como era o caso, se com respeito, os adeptos podem manifestar-se”.
“Já a hierarquia da Polícia de Segurança Pública, com o patrocínio do Ministério Público, pretende que sejam instaurados processos, no âmbito do alegado combate à violência do desporto, por tudo e por nada, não percebendo que os adeptos têm direitos e que são livres de se manifestarem”, concluiu.